Experimentos

Feriadão, eu em sampa trabalhando e a familia toda na praia, ó que beleuza, Kreuza!

Mas é quando mais gosto, pois tenho a cozinha toda só para moi, assim faço meus experimentos, encorporo o Dr. Maluco e bora cozinhar.

Ontem à noite encontrei no freezer dois peitos de frango razoavelmente carnudos. Como quero adestrar minha técnica com molhos diferentes, frango é o que há, pois se adapta muito bem à qualquer coisa. Aliás, sabado que vem vou na UnG (Universidade de Guarulhos) fazer um curso rapido, de um dia inteiro sobre molhos, intensivão mesmo! Ai posto como foi!

Vamos ao que interessa!

bom hein

Frango:
Batatas
alhos
2 Peitos de frango pré temperados com;
1 limão
2 col chá de curry
Alecrim
Sal


Preparo:

Deixe o frango curar no tempero por no mínimo 4 horas. Numa pequena assadeira espalhe 2 colheres de manteiga, com sal, coloque os peitos de frango, cubra com alumínio e deixe cozinhar à 180º por 10 minutos, retire o papel alumínio, se soltar muita água, pode despejar, mas não toda. Acrescente as batatas e os dentes de alho, regue no azeite e devolva ao forno, mantendo a temperatura até o frango junto coma batata e o alho dourarem bem.

Redução agridoce:
2 col sopa de molho inglês
2 col de sopa de Shoyu
5 col de sopa de Vinho tinto
2 col de sopa de mel
1 dente de alho grande
2 cravos

( O vinho que usei aqui é o Casillero del Diablo da Concha y Toro, vinho Chileno, ótimo pra contrastar com molhor suaves e agridoce)


Preparo:

Amasse o dente de alho e unte a panela com seu “óleo”, junte os ingredientes com o alho dentro da panela e misture para encorporar. Enquanto o molho reduz, acrescente uma colher de margarina, mexa até reduzir e ficar com uma textura aveludada e brilhante.

Voilá!

Se quiserem me ajudar com um nome pro prato eu agradeço! rs

Cannes, a semana

Sendo ou trabalhando com publicidade, tem uma bendita semana no ano que é esperada com ansiedade, mas todo mundo da area diz que enche o saco #cultwannabe.

A semana de Cannes Lions, o Oscar da publicidade. E quem diz que não é, muda de opinião assim que entra no short list ou ganha um, como disse @marcelloserpa.

Mas tem uma campanha em especial que me deixou fulo da vida. Esta campanha da Wrangler “We are animals”. É ridicula, pessimamente executada, não quero cupar a ideia super batida pq deve ter sido o cliente que pediu, pelo menos. Por que mesmo com esse conceito, dava pra criar algo MUITO melhor. Peças que eu não uso mais no meu portfolio, por estarem velhas e naum refletirem meu potencial hj, estão melhores, bem melhores do que essas fotografias mal executadas e um testinho.

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O link é do blog do Danilo Siqueira da Almapp/BBDO, aproveitem e deixem comentarios na discussão.

Peitos e culhões

Há uma distinção médica clara. Todos ouvimos falar em alguém ter peito ou ter culhões, mas você sabe REALMENTE a diferença entre ambos?

Vamos tentar esclarecer onde eles se diferenciam:
PEITO – É chegar em casa tarde da noite, após uma balada com os amigos, e ser recebido por sua mulher segurando uma vassoura, e ter peito de perguntar:
“- Ainda está limpando a casa, ou vai voar para algum lugar?”

CULHÕES – É chegar tarde da noite em casa, após uma balada com os amigos, cheirando a perfume e cerveja, batom no colarinho, e ter culhões de dar um tapa na bunda da sua mulher e dizer:
“- Você é a próxima, gorducha!”

Esperamos ter esclarecido qualquer confusão sobre as definições.

Agradecimentos ao @maxplini pelo e-mail!

Kill Bill em um minuto nada..

O que rola é o gordinho mandando ver com os mais famosos do you tube!

Her Song

http://zevaazka.deviantart.com/art/Amour-Propre-63566043

She stares down empty streets and cries
How all her dreams have dried up and gone away and she feels…
One day her life might change its ways.
Until she hides what’s deep inside.
Trying so hard not to expose her lies.
She’s ready now.
I know she’s down.
Her flame burns twice as bright,
But only half as long.
When she looks down inside,
She melts away to her song.

My own prision

To voltando pro hospital com 38,6 de febre

A court is in session, a verdict is in
No appeal on the docket today
Just my own sin
The walls are cold and pale
The cage made of steel
Screams fill the room
Alone I drop and kneel

Silence now the sound
My breath the only motion around
Demons cluttering around
My face showing no emotion
Shackled by my sentence
Expecting no return
Here there is no penance
My skin begins to burn

(Chorus):
So I held my head up high
Hiding hate that burns inside
Which only fuels their selfish pride
We’re all held captive
Out from the sun
A sun that shines on only some
We the meek are all in one

I hear a thunder in the distance
See a vision of a cross
I feel the pain that was given
On that sad day of loss
A lion roars in the darkness
Only He holds the key
A light to free me from my burden
And grant me life eternally

Should have been dead
On a Sunday morning
Banging my head
No time for mourning
Ain’t got no time

(Chorus):
So I held my head up high
Hiding hate that burns inside
Which only fuels their selfish pride
We’re all held captive
Out from the sun
A sun that shines on only some
We the meek are all in one

I cry out to God
Seeking only His decision
Gabriel stands and confirms
I’ve created my own prison

Jaaaaaaa

Se fez a internet e então nasceu o YouTube, filtrando a caralhada de merd@ que tu encontra la, tem coisas realmente muuuito legais.

E to postando sobre uma dessas coisas/pessoas super massa, a Julia Nunes, além de ser super simpatica e engraçada a guria é talentosa pra kct, a Nicolle, minha amigona, que me passou um video dela e eu ja devo ter assistido praticamente todos.

Enfim é curioso como um canal abre mundos e conecta pessoas.

alguns vídeos dela

Essa é impagável!!!!

Essa é uma de autoria dela

De recuperação

De recuperação

Quem me dera fosse no ginásio e eu precisasse refazer uma ou duas matérias.

Logo eu, que detesto ficar parado, sou inquieto por natureza, só espero um dia entender essa de “tudo aocntece por um motivo” por que isso aki doi pra poha. Não consigo dormir, não paro de sentir dor. Não paro de pensar como teria sido meu final de semana se nada tivesse acontecido.

Eu gosto de coisas intensas, por que qiero ser intenso, mas um intenso duradouro.

Aquela noite, estendido no chão, lutando pra conseguir dar a póroxima puxada de ar, eu olhava pra infinidade daquele céu cinzento, vendo as gotas de chuva cair em mim e resfriar ainda mais meu corpo que lutava pra ficar quente, eu sentia o palpitar por todas as veias do meu corpo e ainda sim não parava de pensar aonde era pra eu estar se nada daquilo estivesse acontecendo. Com quem eu estaria se aquela chuva não tivesse mudado meu destino.

Se eu tivesse com o pulmão bom agora eu estaria gritando pra tirar o sufoco que me rouba o folego.

Por alguns minutos naquela noite eu pensei que não teria a chance de me entregar novamente.. de fazer meu peito explodir, banhando uma pessoa com tudo o que eu posso sentir e fazer por ela…

Todos os dias desde sabado peço muito, pra tudo isso passar logo, por que eu quero viver. Por que eu tenho força pra ser quem eu quero ser, pra amar, pra fazer sorrir, pra chorar, pra viver.

Algumas horas dos dias que estão se passando, aquela chuva vem aos meus olhos e eu despejo as gotas no meu peito.

A criança dentro de muim fica procurando a lampada mágica do gênio pra pedir uma máquina do tempo, mas infelizmente essas coisas não existem além dos filmes.

Ta tudo apertado aqui dentro de mim e eu não vejo a hora de explodir num grito só quando tudo isso passar.

Nunca me senti tão frágil

http://www.youtube.com/watch?v=iPXedBaBTWw

Classificados

Acordo,  faço minhas coisas.. cozinho um Aligot (by Alex Atala )

E ai, vamos à labuta, por que não podemos ficar parado. Pego o caderno de empregos e vou procurar. Cada página que viro me dou conta do mundo fechado que escolhi para trabalhar. É seleto, e naõ se expõe num caderninho de empregos de domingo.

É dificil pacas trabalhar na área de criação publicitaria, sempre tem que conhecer um que conhece outro e te indica.

O que mais me frustra é a época que estamos… antigamente eu não ficava mais de 2 semanas sem emprego ou entrevistas.

Ou seja, tenho tudo pra estar tenso e super ansioso. Ansioso eu estou, mas não voua rrancar meus cabelos por causa disso.

Ainda tem chão pra se caminhar. A um tempo atrás isso me desanimaria muito, mas hoje, além de saber que é besteira eu ficar tão chatiado sobre isso, tenho motivos de sobra pra não deixar me abalar e ainda sim dar uns sorrisos bem abertos.

Mas interessante mesmo é ler os “classificados alternativos” será que eu tenho vocação pra algum ali? rs

o que importa é:  Tu é eternamente responsável pelo que tu cativas!

Foi ele que afundou o Titanic!

Eu sou um grande admirador de Artes Marciais, desde garoto eu gosto e pretendo voltar a praticar…

tenho uma queda por Jiu-Jitsu o que me fez conhecer o Clãn e estilo Gracie… Hoje faleceu o melhor e mais admirado de todos, Hélio Gracie, e segue ai uma entrevista da TRIP resgatada dos arquivos da própria revista:

O maior de todos

Hélio Gracie, o mestre do jiu-jítsu, morreu hoje aos 95 anos. Para homenageá-lo, republicamos aqui a entrevista de Páginas Negras publicada na Trip # 58, em novembro de 1997

De sua fraqueza física, ele desenvolveu uma técnica de luta imbatível. Doce e carismático por fora, esperto e diabólico no recheio, Hélio Gracie é o mentor da estratégia de defesa própria mais eficaz do planeta. Já chegou a lutar por três horas e 45 minutos sem pausa. Aos 84 anos, é o patriarca da dinastia mais respeitada e temida que existe hoje nos ringues. Até sua dieta é seguida por seus discípulos. Uma lenda viva do jiu-jítsu que raramente recebe veículos da imprensa. Para a Trip, ele topou abrir uma exceção. Mas cuidado: suas ideias podem levar qualquer um a nocaute

Por Paulo Lima Retratos Vavá Ribeiro


TRIP Como foi a sua infância? Era só briga? Parece que o senhor tinha uma deficiência de saúde.
Hélio Gracie
Sempre fui um garoto desprovido de muita saúde e de muita força. Eu ia para o colégio e desmaiava. Ia à igreja e desmaiava, tinha vertigens. Os médicos me examinavam e não aparecia nada. Só muito depois é que vim a saber que padecia de problemas no sistema nervoso. Mas naquele tempo, por não descobrirem o que eu tinha, os médicos faziam restrições à minha saúde. Nessa época, no início dos anos 20, meu irmão Carlos começou a dar aulas de jiu-jítsu. Mas ele não me ensinava nada, por mais que eu pedisse. Lembro-me até hoje do médico da família dizendo coisas do tipo “Não vamos ensinar o Hélio não, deixem-no em paz porque ele está fraco”. Minha distração era ver meu irmão dando aula. No fim de um ano e meio eu já sabia tudo de cabeça: os programas das aulas e tudo o que ele dizia aos alunos. Virei um verdadeiro professor de teoria. Até aí não tinha nada de movimento.

Bloco de gelo

Bloco de gelo

O senhor tinha que idade nessa época?
Uns 14 anos. Daí um dia chegou o presidente do Banco do Brasil, Mário Bran, que era aluno do Carlos. Então eu ousei: “Mário, você quer que eu passe o programa enquanto ele não chega?”. Ele concordou. Levou-me para o ringue e eu passei o programa para ele. Quando meu irmão chegou, se desculpou pelo atraso e perguntou se poderiam começar a aula. O Mário disse que já tinha tido a aula comigo e que, se o Carlos não se importasse, ele gostaria de passar a ter aulas comigo. Me nomeou seu professor. E meu irmão, que já não era de muita atividade, gostou. Acabei assumindo a academia e ele não deu mais aula.

O senhor não encontrou dificuldades nas aulas práticas?
Muitas. É que eu não conseguia dar os golpes que o meu irmão dava e ensinava, porque isso dependia de uma certa habilidade de força e de jeito que eu não tinha. Daí comecei a adaptar o jiu-jítsu à minha pessoa. Uma vez me perguntaram como inventei o meu estilo de luta. Eu não inventei coisa nenhuma, só botei um macaco em cada movimento, que foi a alavanca que criei para poder fazer o que faço sem fazer força. E isso revolucionou o mundo.

O senhor tem toda uma linha de defesa pessoal, uma coisa quase que passiva, esperando o ataque. Mas a certa altura da vida o senhor passou a entrar em confrontos importantes que marcaram época. Como foi essa transição?
A minha meta de vida era ensinar o jiu-jítsu. Tive que criar um protetor para essa meta, que era eu como lutador. Quando algum lutador duvidava da minha técnica, eu subia no ringue e arrebentava o sujeito para provar a eficácia da minha técnica. Qualquer sujeito que aprende o jiu-jítsu fica mais tolerante, porque passa a saber que não apanha. No momento em que um cara grita com você, se você não tem consciência absoluta de que ele não representa nada, você começa a ficar nervoso e chega a um ponto em que precipita a briga, porque você não admite aquilo. Mas, se uma criança de 4 anos disser que você é feio, que você é fraco, que você não vale nada, o que você vai fazer com ela? Nada, vai até achar graça. Para mim, um homem normal é como uma criança de 5 anos. Fisicamente, ele não vale nada. Esse pensamento me permite a tranquilidade no trato com as pessoas.

Aos 84 anos, o senhor tem uma vitalidade impressionante, um porte físico muito melhor do que o de muitas pessoas de 50. Pode parecer pergunta de programa feminino, mas qual é o segredo?
Para um sujeito fraco como eu chegar à minha idade com a minha disposição, com a minha vontade de produzir, é muito difícil mesmo. Eu nunca fui um farrista, tudo que eu podia ter feito até os 50 anos, hoje eu faço melhor e bem mais, tudo o que você imaginar. Até na vida de casado, eu namorei mais depois dos 50. Então, eu não sei se é a vitalidade que Deus me deu ou a poupança dos erros que não cometi na mocidade. Eu só perdi a minha virgindade com 20 anos de idade. Nunca bebi, nunca fumei, nunca comi coisa que não fizesse bem. Eu só como aquilo que me faz bem e sou guloso, mas sou guloso pelas coisas que fazem bem. Não como carne, só peixe de vez em quando. Não bebo café, chá, porque são pequenos excitantes. Quem é que faz tudo isso? Meu irmão já disse que quem seguisse esse rigor na alimentação teria mais uns 20 anos de vida. E eu acredito. Nunca tive dor de cabeça, dor de barriga, cólicas, e atribuo isso à minha dieta.

E as mulheres, quantas o senhor já amou na vida?
Para dizer a verdade, eu nunca amei mulher nenhuma. Eu gosto delas, é diferente. Porque amor é uma fraqueza e eu não tenho fraquezas. O amor é sexo, e sexo para mim é uma necessidade que você usa para procriar, nunca tive uma namorada que quisesse ir adiante e não quisesse ter filho. Eu sempre perguntava: “Você gosta de criança? Você quer ter filho?”. Se ela dissesse não, não tinha sexo. Então eu me casei duas vezes. Aos 30 anos me casei com a minha primeira esposa, Margarida de Souza Carvalho, com quem vivi 50 anos, até o último dia de vida dela. E tem a mãe do Royce, com quem estou casado há 35 anos. Daí você diria “50 mais 35 é a sua idade, você já nasceu casado?” . É que minha primeira mulher só me deu três filhos. E eu me casei só para ter filhos e ela sabia disso, então ela aceitou que eu tivesse outra mulher, a mãe do Royce. Elas foram amigas e com isso eu consegui mais seis filhos que Deus me deu, porque filho quem manda é Deus, não é só querer. Eu continuo querendo e não tenho, apesar de continuar fazendo esforço para isso. Tive a felicidade de ter duas mulheres, não sei qual foi melhor. Uma teve berço de ouro, a outra tem origem modesta, mas com qualidades morais excepcionais, com quem vivo até hoje.

Hélio Gracie

Hélio Gracie

O senhor condena quem transa sem o objetivo de ter filho?
Eu não condeno quem transa sem o objetivo de procriar. Minha religião é perante a natureza, não faço nada que choque a natureza. Sou seu amigo enquanto você estiver certo, se você não estiver, não me chame. Vão dizer que sou mau caráter, mas não, eu tenho medo é de ser castigado. Pior do que eu, não conheço ninguém, sou o pior sujeito que você viu na sua vida, não tenho moral, nem condições de criticar ninguém, porque dentro de mim eu tenho o demônio, apenas o amordacei, mas ele existe. Se você pensa que eu posso ter chegado onde cheguei sendo bom moço, como eu me apresento hoje, está muito enganado. Eu sou um lobo em pele de cordeiro. Todos os defeitos que você tem são criancinhas perto dos que eu tenho. Eu apenas não deixo eles saírem e passo por bom moço. Sou honesto, mas não sou perfeito.

Uma de suas lutas históricas foi contra o campeão japonês de jiu-jítsu, o Kimura, em 1955. Como foi esse episódio?
Quando eu luto, não sinto dor, a minha concentração e espírito de guerra é muito grande. O japonês pesava 100 kg e eu, 60 kg. Eu tinha 42 anos e o cara era o maior lutador do mundo. Eu queria ver como ia ser lutar com um cara que acreditava que não podia ser vencido. Essa curiosidade me fez lutar, mesmo sabendo que não teria condições de ganhar. Então, no meio do segundo round, Kimura me jogou no chão, me embrulhou e fez uma pressão tremenda sobre o meu pulmão. Eu apaguei, perdi os sentidos. Mas a força que o Kimura fez foi tão grande que ela não durou muito tempo. Assim terminou a luta.

O senhor já chegou a dar uma surra em alguém fora do ringue?
Uma vez eu estava na praia do Arpoador, no Rio, conversando com os alunos. Nisso veio um cara enorme com cabeça raspada e barbado, um sujeito de uns 120 kg com ar de agressividade. Quando olhamos pra ele, o cara por coincidência tava olhando. Eu disse “o que é?”. Ele era tão enorme que, quando chegou perto de mim, tive que olhar pra cima pra poder encará-lo. Daí ele me disse que tinha muita vontade de quebrar minha cara. Dei um tapa na boca dele e disse: “Você não quebra ninguém”. Quando ele colou comigo, dei-lhe uma queda que o derrubou no chão. Caí montado sobre ele. O cara caiu dentro das minhas pernas e falei: “Você com essa barba toda é veado”. Toda essa briga rolou sem um soco sequer. Eu só não deixava ele sair, era uma força gigante. Quando ele deu as costas, eu o enforquei. Nessas, seus amigos berraram: “Ele vai morrer”. Quando ele apagou, eu soltei, botei ele de barriga para cima e fiquei esperando o cara acordar. Quando acordou, ele disse: “Puta merda, com você eu não posso”. Dei a mão para ele e disse: “Vem cá, meu amigo. O senhor me conhece? O senhor já ouviu falar no Hélio Gracie?”. Ele disse: “Puta merda, você é o Hélio Gracie?! Com quem eu fui me meter…”. Acabei convidando o cara para treinar comigo.

Se o senhor pudesse fazer o ranking dos safados do Brasil, quem seria o número um?
Ah! Isso é difícil de dizer porque há muitos. É uma desilusão que eu tenho com o brasileiro. Calculo que só 20% de brasileiros sejam como nós, gente que merece respeito e consideração. É um povo ingrato, um povo injusto, um povo oportunista, não pode confiar. A humanidade está podre. Quando vejo que o Congresso Nacional está querendo aprovar o casamento de homossexuais, me dá desgosto. Acho isso uma falta de respeito ao ser humano. O sujeito, por conveniência, para ganhar voto, faz leis desse tipo. Eu jogava todos eles na Amazônia, porque não vejo finalidade, é uma aberração da natureza, como é que o sujeito pode ser contra a natureza? Agora eu acho que se o brasileiro tivesse disciplina, e cumprisse as leis, este seria o melhor país do mundo.

É verdade que o senhor desafiou o Vitor Belfort ou declarou que ele estaria desafiado a lutar com um dos seus filhos?
Não. Ele disse que eu desafiei, mas nunca fiz isso. Ele, coitado, quer aparecer. Nunca vi nele um homem de expressão para ser desafiado.

Mas ele é um cara de 20 anos que tem feito lutas expressivas?
Pelo que dizem ele promete, mas no momento ele não é nada, não fez nada que merecesse atenção, enquanto eu tenho dois filhos campeões do mundo e um terceiro que só não foi campeão porque não se apresentou.

Está se falando muito em desarmamento. Recentemente foi lançada uma campanha para desarmar os jovens. Os jovens estão todos armados na cidade grande. O que o senhor acha de hoje uma técnica como a do jiu-jítsu se tornar praticamente inútil diante de uma moçada que está rodando armada?
O jiu-jítsu nunca será inútil porque você acreditar em você é sempre uma coisa importante. Quanto a quem anda armado, o sujeito não dá tiro à toa. Quando dá é por descontrole, covardia ou assalto. Aí é o sujeito que não presta. Eu não sou favorável ao sujeito descontrolado andar armado. Eu posso apanhar com o revólver na cintura e não puxar um revólver, é questão de educação. Mas, se o sujeito é descontrolado, é covarde e está apanhando, puxa um revólver e mata o outro. Isso também está ligado à falta de lei no país.

Mudando um pouco de assunto, o senhor chegou a gravar um clipe com o Sepultura. Como foi essa história?
Não conhecia o grupo. Conheci no dia da gravação. A música deles não faz o meu estilo. A ideia de gravar com o Sepultura foi boa para ambas as partes. Valeu como promoção para os dois lados.

Qual é a sua relação com o dinheiro?
Eu gosto, mas vou dizer, eu ganho pouco, não sou rico, não tenho quase nada, mas não preciso de dinheiro porque vivo tranquilo com o que ganho. Não sou ambicioso. Tenho uns terreninhos no Rio, mas nada disso me preocupa. Se você me der US$ 1 milhão hoje, não sei o que vou fazer com isso.

O que é bom e o que é ruim de ser mais velho? De ter mais de 80 anos?
Rapaz, eu não quero voltar cinco anos trás. É difícil explicar isso a um jovem, mas o que a gente adquire de aprendizado, de experiência, é tão grande que nada me faria voltar atrás sem os conhecimentos que tenho hoje.

Que tipo de conhecimentos?
Jovens: sejam honestos, sinceros, não mintam. Aprendam a ser gratos, não tenham inveja de ninguém, porque a inveja é um verme que consome o sujeito. E desejem o bem do próximo, seja ele amigo ou inimigo.