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Archive for Outubro, 2004

D�vidas

D�vidas que aqui partilho:

Quem ganhou a disputa interna na TVI?
Paes do Amaral preparava-se para fazer sair Eduardo Moniz mantendo Rebelo de Sousa e a coisa saiu-lhe mal – perdeu o comentador e ficou com um director que se sente com espa�o de manobra suficiente para, em directo, no principal jornal da esta��o, falar do epis�dio como um momento mau da hist�ria da TV portuguesa e para impor um acordo escrito sobre regras de conduta da Administra��o e das Direc��es da empresa.

Porque vai agora Fernando Lima falar � Alta Autoridade?
Sendo ele um dos primeiros exemplos da postura ‘m�os-na-massa’ do actual executivo relativamente aos media, respons�vel por um valente n�mero de actos deliberados de ‘informa��o domada’ nas p�ginas do DN, personagem de um epis�dio de substitui��o que se alongou por tempo demais, preparar-se-� agora para nos vir falar do qu�?

Porque � Balsem�o eterno candidato a Presidente da Rep�blica?
Uma sondagem a publicar este s�bado no Expresso dever� indicar (fonte – SIC Not�cias) que Cavaco Silva ganharia uma segunda volta a Ant�nio Guterres. Mas o que mais intriga � encontrarmos – como sempre encontramos nestas sondagens que aparecem no Expresso e das quais fala a SIC – um candidato que teve uma fugaz passagem pela pol�tica e que dela (pelo menos da vis�vel) se encontra afastado h� d�cadas. E n�o se dar� o caso de alargarmos a nossa presente inquiri��o aos efeitos da propriedade na orienta��o dos media a este exemplo?

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Marcelo Rebelo de Sousa revelou ontem ter sido alvo de press�es para alterar o teor dos seus coment�rios.
Paes do Amaral retorquiu que a conversa entre ambos ter� sido uma ‘cavaqueira’ (a piada � minha, n�o dele!) de dia feriado.
S�o, naturalmente, vers�es parciais do que se ter� realmente passado e s�o, sobretudo, constru��es ardilosas que se tocam, mas com o m�nimo choque poss�vel.
A misturangada que se antecipa n�o vai ajudar a esclarecer grande coisa. A politiiza��o do assunto e, sobretudo, a mistura com a importante quest�o da liberdade de imprensa poder�o resultar num exerc�cio t�o eficaz de ‘barulho’ que nem mesmo os senhores e senhoras da Central de Informa��o conseguiriam engendrar melhor.
Seria importante que:
– se percebesse qual era, afinal, a estrat�gia de remodela��o que Paes do Amaral queria implementar e para a qual queria o apoio de Marcelo;
– se percebesse qual o poder efectivo de Jos� Eduardo Moniz e qual o prazo de validade da sua posi��o;
– se percebesse bem a entrada da RTL na TVI e os esfor�os feitos por Paes do Amaral para a impedir;
– se percebesse que constrangimentos s�o esses que fazem um empres�rio recear pela renova��o da licen�a de teledifus�o (ou pela n�o atribui��o de novas).

Num outro registo e numa outra escala, seria importante que:

– Mario Resendes abandonasse uma de duas coisas: ou a cumplicidade nas decis�es da PT/Lusomundo ou os coment�rios na SIC Not�cias sobre estas tem�ticas;

Jos� Ant�nio Saraiva se calasse por um bom per�odo (parafraseando o Ant�nio Granado, arrisca-se a ser mais conhecido pelo talento para o humor do que pela firmeza da pluma).

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Replico aqui uma chamada de aten��o, j� feita h� dias pelo Jo�o Paulo Meneses, para uma reportagem de Pedro Miguel Costa (com a determinante cumplicidade estilistica de M�sicles H�lin) sobre pessoas que se tocam, mesmo que distantes umas das outras.
O colo das palavras long�nquas” mostra como a r�dio nos concentra apenas nas imagens que realmente interessam, ajuda a explicar porque tantos insistem em ser jornalistas e porque outros tantos sonham com a possibilidade mas, sobretudo nos tempos que correm, mostra (pelo exemplo) o que – como sociedade – podemos perder na voragem dos determinismos pol�tico e econ�mico sem freio.

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O autor do livro “We the Media – Grassroots Journalism by the People, for the People” e colunista do San Jose Mercury News, Dan Gillmor, recebeu o World
Technology Award for Media & Journalism referente a 2004.
Parece-me relevante, porque acrescenta impacto a um esfor�o em curso para promover uma cidadania mais interventiva.

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JornalismoPortoNet-weblog faz 2 anos

O JornalismoPortoNet-weblog (a ideia de partida para o mais ambicioso JornalismoPortoNet) faz hoje dois anos de vida. Parece pouco, mas em ‘blog-anos’ � j� muito.
Porque partilhei alguns dos momentos do seu crescimento sinto-me particularmente feliz. Parab�ns aos que nele persistem.

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Embora por c� ainda nos percamos em discuss�es – importantes e significativas que sejam – sobre o lugar e o enquadramento dos media estabelecidos, h� j� experi�ncias muito substanciais da mudan�a que se aproxima.
O que os weblogs podem ter significado para o texto escrito – de eros�o de barreiras, de fragmenta��o e especializa��o de conte�dos, de abertura a novos formatos e a experi�ncias participativas – poder�o agora os podcasts significar para a r�dio.
Imagina-se facilmente uma explos�o id�ntica na produ��o (que, certamente, vir� baralhar as contas – todas elas – dos operadores estabelecidos), sobretudo se pensarmos que um est�dio de qualidade j� n�o precisa de ser muito mais do que isto.

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ai a hist�ria…

Deve haver uma defini��o por parte do poder pol�tico acerca do modelo de programa��o do operador de servi�o p�blico
(S�o) “os respons�veis pol�ticos que respondem perante o povo (…) N�o s�o os jornalistas nem as administra��es que v�o responder perante os eleitores“.
(� necess�rio) “haver limites � independ�ncia” (dos operadores p�blicos).
Nuno Morais Sarmento – ministro da Presid�ncia (2004)

O secretariado nacional denomina-se de propaganda nacional. Quem penetrar bem no seu significado, entender� que n�o se trata de uma reparti��o do elogio governativo, que n�o se trata de elevar artificialmente a estatura dos homens que ocupam posi��es dominantes no Estado; compreender� que o secretariado n�o � um instrumento do governo, mas um instrumento de governo” (destaque meu).
Ant�nio de Oliveira Salazar – presidente do Conselho de ministros (1933)

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No PoynterOnline encontrei uma refer�ncia a um texto de Vincent Maher no Mail&Guardian Online – o primeiro jornal online de �frica.
Diz-nos Maher que importa perceber, j� com algum distanciamento, o que � que, no famoso ‘Rathergate’, s�o sinais de uma mudan�a substancial no entendimento que as pessoas fazem dos chamados ‘grandes media’.
Maher recorre a um exerc�cio simples: se isto tivesse acontecido em 1984, os dados desmentindo a pe�a no consagrad�ssimo ’60 minutes’ teriam que ser divulgados num outro grande org�o de informa��o, sendo que a CBS aceitaria os erros e a hist�ria ficava por ali.
No presente, as falhas foram apontadas por indiv�duos e a pol�mica continua acesa porque a CBS n�o tem forma nenhuma de a controlar.
They want the noise to stop but are realising that they can no longer control what people have on their daily news agenda. Bloggers consume more media from more different sources than most people expect.
The format of blogging and understanding world events from blogs requires that you have a critical mind and recognise something that makes sense from something that doesn�t. Blogging is like being an armchair-editor with a printing press that never runs out of ink
“.
Maher deixa um conselho aos media j� estabelecidos:
The lesson big media can learn: use blogging as part of your own tools for testing the value, authenticity and credibility of information before going live, not after“.

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Um dos respons�veis pela Technorati anunciou que a empresa segue, neste momento, j� mais de quatro milh�es de blogs.
Recordo que, em Julho deste ano (como aqui fizemos refer�ncia), estavamos ainda nos tr�s milh�es.
David Sifry diz que o ritmo de duplica��o de ades�es � regular e que a blogosfera �, neste momento, oito vezes maior do que era em Junho de 2003.
A an�lise dos dados � feita em dois posts: o primeiro e o segundo.

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Um estudo hoje divulgado pela Marktest indica que cerca de metade dos internautas portugueses j� visitaram p�ginas de r�dios nacionais e estrangeiras.
Por si s�, isto n�o seria indicador suficiente de que a r�dio – tamb�m ela – necessita de se adaptar a um novo relacionamento dos indiv�duos com os meios de comunica��o e a um novo enquadramento que permite a fragmenta��o das audi�ncias e a desarticula��o do factor tempo.
Mais significativo parece-me, por�m, ser a indica��o de que no topo dos dom�nios acedidos figuram o iol.pt e o sapo.pt, surgindo depois o tsf.pt (rfm � quarto, rr � quinto e rdp � sexto). As pessoas continuam a ouvir r�dio mas, em cada vez maior n�mero, parecem estar a ouvir as r�dios uns dos outros ou canais micro-tem�ticos disponibilizados apenas via web.
A r�dio mudou com o transistor e mudou com o aparecimento da televis�o. Precisa, naturalmente, de entender a net como um novo desafio e de encontrar um caminho de sobreviv�ncia como meio apelativo para / respeitado por grandes audi�ncias.
Noutras paragens h� j� sinais muito claros do futuro – que inclui, por exemplo, o descarregar dos meus programas favoritos para um leitor port�til de mp3 – como explica Mark Glaser num texto tamb�m hoje publicado no OJR.

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Jornalismo = comunidade = democracia

Nos dias que correm parece-me apropriado citar uma breve reflex�o de Jonathan Dube no Ciberjournalist.net – esta – onde se defende a ideia de que o jornalismo �, na sua ess�ncia, a apresenta��o, discuss�o e amplifica��o das conversas e assuntos que ocupam as pessoas.
Dube cita, a este prop�sito, Bill Kovach and Tom Rosenstiel:
It is difficult, in looking back, even to separate the concept of journalism from the concept of creating community and later democracy. Journalism is so fundamental to that purpose that � societies that want to suppress freedom must first suppress the press. They do not, interestingly, have to suppress capitalism. At its best� journalism reflects a subtle understanding of how citizens behave, an understanding that we call the Theory of the Interlocking Public.”

Preocupados? Pois sim. Devemos andar.

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J� aqui falei do “The BOB’s – the best of blogs”, uma iniciativa promovida pela Deutsche Welle, que decorre ainda durante mais alguns dias.
Entre os nomeados para ‘melhor blog jornal�stico em portugu�s’ est�o j� alguns dos meus favoritos mas creio que algu�m se ter� esquecido de apontar o mais persistente e mais antigo, feito a partir de Portugal, o Ponto Media.
Uma injusti�a muito grande que merece ser reparada.

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Seguindo a sugest�o s�bia dos nossos governantes, aproveito para, tamb�m aqui, exercer o contradit�rio. Avan�o, portanto, com a refer�ncia a um texto que, nos seus primeiros par�grafos, tra�a um perfil muito pouco abonat�rio dos professores universit�rios de Jornalismo.
Porque o tal do contradit�rio precisa de espa�o, n�o vou sequer falar do risco das generaliza��es.

Fica um excerto…

As a rule (but with honorable exceptions), they are desiccated — often frustrated — ex-practitioners of a craft toward which, after decamping to some J-school, they direct a picayune eye, spending long hours in poky offices studying such matters as “gender imbalance” in newsrooms, “media bias” and, a particular favorite, “ethics.”

… e a liga��o.

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Newstracker na bbc

Mais um passo no sentido da maioridade do formato informativo online – a BBC anunciou a sua ades�o ao sistema Newstracker, da Moreover.
De forma autom�tica, o sistema percorre um base de dados de not�cias de todo o mundo e compara conte�dos com os da not�cia produzida pela BBC – se encontrar hist�rias sobre o mesmo tema estabelece as liga��es.
Simples.
Outras informa��es aqui.

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