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Archive for the ‘Rádio’ Category

Há 70 anos a Alemanha invadia a Polónia e bombardeava Varsóvia e várias cidades polacas. Começava a II Guerra Mundial, um momento único na história, em que a rádio foi o meio de comunicação decisivo. Em Portugal, as emissões da BBC eram a melhor forma de acompanhar o desenrolar do conflito” – assim se dá lançamento a um trabalho de Maria João Cunha, disponível no site da Rádio Renascença.
É um trabalho de grande qualidade, que nos apresenta uma imagem complexa de um espaço, um tempo e um lugar que, durante anos, teve apenas direito à unidimensionalidade que dá corpo a todos os mitos.
A ‘Voz de Londres’ (sobre)viveu nesses anos e foi o que foi – para Portugal mas também para o resto do mundo – porque era, precisamente, fruto da combinação de pressões políticas com vontades e coragem pessoais de muita gente.
O trabalho de Maria João pode muito facilmente ser acrescentado ao grupo daqueles a que recorremos em tempos de dúvida, quando precisamos de dar força à ideia de que o jornalismo cotinua a ser socialmente relevante.

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Declaração de interesses: sou cronista do ‘Página 1‘ (RR) e fui professor da Maria João.

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A National Public Radio, uma espécie de ‘coisa esquisita’ durante os (muitos) anos de (grande) expansão do modelo de rádio comercial nos Estados Unidos, parece estar a ganhar um novo fôlego, fruto da conjunção de vários factores: a) a maior predisposição (na Era Obama) para ouvir falar em comunicação de serviço público; b) o fim do crescimento do modelo comercial; c) a chegada ao lugar cimeiro da organização de Vivian Schiller, ex-responsável do NYTimes.com.
Há dois dias, Schiller apresentou a sua estratégia para a NPR – to transform NPR into the No. 1 destination for free news on and beyond the radio – ao mesmo tempo que dava a conhecer o novo site.

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É um espaço muito bem concebido, muito limpo, muito, muito, muitíssimo distante do que, por exemplo, oferece o nosso prestador de Serviço Público (que terá, talvez, um dos mais ‘design challenged’ sites do país e arredores…mesmo alargando um bom pedaço os ‘arredores’).
Vale a pena ler a entrevista que Schiller deu recentemente à Newsweek.
Excerto:

This is an organization that’s in transformation into becoming a fully functional news content organization, not just a radio company. (…) We have been adding more and more content to our Web site to make it a much richer experience, not just a companion for radio, but a destination in its own right.

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O meu Michael Jackson

thriller-michael-jacksonCom o Michael Jackson que agora acaba de nos deixar tinha uma relação estranha (um pouco como a que tenho com o Herman José que está prestes a aparecer na TVI) – foi, a dado momento da minha vida (e da dele), alguém que muito admirei e tornou-se, com o passar dos anos, numa caricatura ‘gone bad’ pela qual quase só sentia pena.
Guardarei dele, naturalmente, apenas o melhor.
E, nesse preciso momento, ele chegou a ser insuperável.
O melhor do mundo.

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279965934_a5565384b6_mCerca de dois anos e meio depois de ter adoptado um novo site a Rádio Renascença renovou, no fim-de-semana passado, a sua presença na web.
Como se explica num video promocional (por sinal, muito bem feito) a empresa aposta não apenas numa ‘refrescadela’ mas antes num novo posicionamento no mercado, com o espaço online a adquirir (tanto para a programação como para a informação) um valor mais central na lógica operacional.
Visualmente o site parece-me muito melhor do que o anterior (se bem que o termo de comparação era já abaixo do sofrível) e há uma área que claramente ganha destaque – o video. Todos os sons e videos que abri funcionaram bem, à primeira e sem saltos, o que é bom sinal.

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Pessoalmente, acho que a opção pela manutenção do fundo em tom azulado muito forte é pouco feliz (em tempos de clara tendência no sentido da sobriedade) e acho que a não existência da possibilidade de ligar, com um só toque, os textos e trabalhos a uma série de redes sociais é, certamente, uma coisa a corrigir dentro de muito pouco tempo.
Reparei ainda que a ligação para o ‘Página 1’ funciona na Home mas não funciona na página de entrada da Informação. Além disso – e, isso sim, parece-me grave – continua a não ser possível descarregar o PDF se estivermos a usar a versão mais recente do IE ou o Firefox.
Detalhes, naturalmente, mas importantes.
…quem entra numa passadeira rolante em andamento acelerado precisa de adaptar-se, rapidamente,  a uma fasquia de ‘mínimo exigível’ que muda também ela a um ritmo acelerado.

Declaração de interesses: conheço bem algumas das pessoas responsáveis pelo online da RR e sou colunista quinzenal no Página 1.

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Recomendo esta reportagem multimédia, disponível no site da Rádio Renascença.
Há maturidade e pausa.
Num trabalho sobre o silêncio.

Parabéns, Catarina.

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São 11h23 da manhã e um diligente trabalhador vai para o seu emprego ( mesmo a tempo, presume-se,  de pousar o casaco e sair para um almoço de negócios) quando é informado por ‘uma voz amiga’ de que não vai conseguir – tem pela frente um engarrafamento provocado por uma manifestação que a tal da voz conselheira lhe diz ter sido organizada…ora essa!…contra ele, está bem de ver!
É assim o mais recente anúncio da Antena 1, canal de pendor informativo do operador de serviço público.

(Act.) Escreve o Público que o anúncio levou já o PSD a pedir a demisão da Direcção da Antena 1, o PCP a pedir a retirada imediata do anúncio e a CGTP a anunciar que tenciona apresentar uma queixa formal da CGTP ao Conselho de Opinião da RTP.

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Uma previsão que Robert G. Picard havia já feito há anos – a de que haveria um período em que a quebra na circulação e nos rendimentos com o papel não seria equilibrada pelo aumento na visibilidade e nos rendimentos com o online – ganha cada vez mais consistência.
Durante não sabemos quanto tempo as empresas (algumas? a maioria? todas?) poderão ter que recorrer a estratégias de sobrevivência para evitar o colapso.
Um recente estudo do Pew Internet Research Center reforça esta leitura – de 2006 para 2008 o número de leitores de jornais (em papel e online) baixou, nos Estados Unidos, de 43 por cento para 39 por cento.

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Enquanto que a Rádio e a TV são ainda meios que, para algumas gerações, mostram sinais de recuperação no mesmo período, os jornais registam perdas em todas (por contrapartida, naturalmente, com a subida registada em todas no online).

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Encontro sobre Podcasts

Realiza-se na Universidade do Minho, nos dias 8 e 9 de Julho, um Encontro sobre Podcasts.
Diz-se na nota de apresentação da iniciativa que esta “pretende ser um espaço de formação, de partilha e de discussão para todos os que já utilizam podcasts no ensino e para os que pretendam vir a adoptar e explorar esta ferramenta
Organizado pelo Instituto de Educação e Psicologia da UM, o encontro aceita a submissão de comunicações ou posters até ao dia 17 de Abril.

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O Blogouve-se acabou

O João Paulo Meneses – um dos jornalistas com blog que há mais tempo mantem presença permanente na blogosfera nacional – aproveitou o quinto aniversário do seu Blogouve-se para anunciar o fim.
Há uma justificação de peso – a necessidade de terminar a sua tese de Doutoramento – mas há na nota de despedida também sinais de alguma amargura.
Mesmo não partilhando a totalidade das suas posições, sempre entendi a postura do João Paulo na net como transparente – toda a gente sabe onde trabalha, foi talvez o primeiro a criar para o seu espaço um guia ético e técnico e sempre fez por apresentar declarações de interesse. É, diga-se, muito mais do que faz a maioria dos bloggers nacionais, incomensuravelmente mais do que fazem muitos jornalistas-que-também-escrevem-em-blogs-mesmo-sob-pseudónimo-ou-debaixo-da-capa-do-anonimato.
Boa sorte ao João Paulo no projecto que precisa de terminar.
Cá o esperamos, antes do fim do ano, num qualquer outro lugar por aí. Espaço não falta.

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Dando-se assim início a uma série de modificações nos espaços online do grupo Controlinveste, a TSF acaba de tornar visível o seu novo site.

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Primeiras observações (forçosamente pouco cuidadas):

1. A mancha aumentou (estava em dimensões ‘pré-históricas’). É bom. Há mais espaço disponível.

2. O laranja desapareceu e há apenas duas cores – o azul, em várias tonalidades (algumas mortiças demais, talvez) e o vermelho numa nuvem de tags à direita (já num segundo ecrã) e nos descritores das secções. A aposta no predomínio de uma só cor é clara, mas muito discutível (sobretudo em tempos de Web 2.0).

3. Desapareceu (pode ser temporário, espero eu) o acesso ao vasto arquivo de programas (sentia algum conforto em ter acesso em qualquer momento a espaços que marcaram a rádio como, por exemplo, “O Som dos Pedais”) está remetido quase para o fim da página ‘Programas’, aparecendo a opção de busca de conteúdos inserida visualmente no espaço ‘fim-de-semana’. (Nota: este texto foi modificado em 22.05-13h10 na sequência de um comentário ao post).

4. Na página ‘Audio&Video’, os trabalhos disponíveis aparecem numa janela interior com scroll autónomo…opção muito duvidosa em termos de nevegabilidade e muito má em termos estéticos.

5. As ‘Ultimas’ aparecem espremidas numa estreita coluna central. Em se tratando de uma rádio, talvez se pudesse ter pensado em espaço de maior saliência.

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Serviço Público

Uma nota breve. Será até mais a partilha de um sentimento.
Acabei de assistir a um magnífico momento de televisão de serviço público que foi também um magnífico momento de televisão.
Ana Sousa Dias entrevistou António Cartaxo, uma das carismáticas vozes da Antena 2, responsável também por um pequeno momento diário, mesmo antes das 10h00, na Antena 1.
Comunicador naturalíssimo, Cartaxo abriu-nos a porta a algumas das muitas experiências de vida que teve. E falou com enorme carinho de um espaço que – muitos anos mais tarde – também eu conheci.
Ouvimos falar do Campo Grande onde se passavam férias ‘longe de Lisboa’, do seu cruzar diário com Mário Soares, da prisão do pai, da ida para Londres, das escapadelas cronometradas, da Strand ao South Bank, para ouvir concertos e ensaios, da forma como um camarada leu – mesmo contra a vontade de superiores – notícias sobre o massacre de Wiriamu, em Moçambique, assim as tendo dado a conhecer, em primeira mão, a muitos portugueses.
Tenho pena que o programa de Ana Sousa Dias tenha sido remetido para horas tão indignas (um mail que enviei à RTP sobre o assunto continua sequer sem uma resposta das debitadas por um qualquer gerador de frases), porque nos dá a conhecer pessoas tão completas. No caso do António Cartaxo – volto a dizer – um comunicador naturalíssimo.
O formato é muito interessante num canal que se diz de serviço público alternativo. A presença do António Cartaxo tornou-o num momento raro de comunicação.

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