quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

 “As relações entre uma alma e outra, expressas por meio de coisas incertas e variáveis como palavras compartilhadas e gestos proferidos, são enganosamente complexas. O próprio ato de se encontrar é um não encontro. Duas pessoas dizem 'eu te amo' ou mutuamente pensam e sentem, e cada uma tem em mente uma ideia diferente, uma vida diferente, talvez até uma cor ou fragrância diferente, na soma abstrata de impressões que constituem a atividade da alma. ”

fernando pessoa.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Rayuela

 "Penso nos gestos esquecidos, nos muitos salamaleques e palavras dos nossos avós, pouco a pouco perdidos, não herdados, caídos um atrás do outro da árvore do tempo. Esta noite encontrei uma vela sobre a mesa e, para brincar, acendi-a e andei com ela pelo corredor. O ar causado pelo movimento ia apagá-la e, então, vi levantar-se sozinha a minha mão esquerda, abrigando e protegendo a chama como uma cortina viva que afastava o ar. Enquanto o fogo se endireitava, outra vez alerta, pensei que esse gesto fora o gesto de todos nós (pensei nós e pensei bem, ou senti bem) durante milhares de anos, durante a Idade do Fogo, até que a trocaram pela luz elétrica. Imaginei outros gestos, o gesto das mulheres levantando a ponta da saia, o gesto dos homens procurando o punho da espada. Como as palavras perdidas da infância, escutadas pela última vez na boca dos velhos que iam morrendo. Em minha casa já ninguém diz “a cômoda de cânfora”, já ninguém fala das “trebes” - as trébedes. Como as músicas do momento, as valsas dos anos vinte, as polcas que enterneciam nossos avós.


Penso nesses objetos, nessas caixas, nesses utensílios que aparecem às vezes em galpões, em cozinhas ou esconderijos, e cujo uso já ninguém é capaz de explicar. Vaidade de crer que compreendemos as obras do tempo: o tempo enterra seus mortos e guarda as chaves. Somente nos sonhos, na poesia, no jogo - acender uma vela, andar com ela pelo corredor -, aproximamo-nos às vezes do que fomos antes de ser isto que ninguém sabe se somos."

[Cortázar]

sábado, 26 de dezembro de 2020

la danza de la realidad

 'algo nos está soñando, entrégate a la ilusión."

[Jodorowsky]

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

sábado, 24 de outubro de 2020

saudade

 "Cuando uno extraña un lugar, lo que realmente extraña es la época que corresponde a ese lugar; no se extrañan los sitios, sino los tiempos".⁣

Marcel Proust

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

[eu clarice]

"Eu tinha que eu mesma me erguer de um nada, tinha eu mesma que me entender, eu mesma inventar por assim dizer a minha verdade. Comecei, e nem sequer era pelo começo. Os papéis se juntavam um ao outro - o sentido se contradizia, o desespero de não poder era um obstáculo a mais para realmente não poder. (...) 

E tudo era feito em tal segredo. Eu não contava a ninguém, vivia aquela dor sozinha. Uma coisa eu já adivinhava: era preciso tentar escrever sempre, não esperar um momento melhor porque este simplesmente não vinha. Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação. Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir."

[Clarice Lispector]

sábado, 17 de outubro de 2020

perto do coração selvagem

 "Tudo o que é forma de vida procuro afastar. Tento isolar-me para encontrar a vida em si mesma."

{Clarice Lispector}

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Carta - Dona Elza

 


Hoje eu tenho 79 anos, sou solteira e sou uma pessoa feliz. Por quê? Sou feliz porque sempre procurei levar uma vida na compreensão. Ávida não foi fácil para mim, para ninguém ela é fácil, mas sabendo levar nas melhores das intenções tudo passa a ser compreendido. Eu passei momentos difíceis, pouco estudei devido a época da guerra.; nem por isso deixei de ser otimista.

Procurando sempre entender que nada é fácil sem estrutura, lembrando sempre que lá na frente tem degraus para subir, nunca deixando o mau humor tomar conta de meus sentimentos.

Fui feliz na minha adolescência, sempre alegre e nunca deixei de participar das atividades, na juventude não fui feliz no amor, mas procurei sempre conversar comigo mesma e entender que a vida não é como a gente quer, tem aprovações que temos que passar. Muitas vezes a vida não de desenrola como desejamos, ora vence, ora perde, mas mesmo uma perdedora, enquanto não for derrotada pela sua fraqueza ainda será uma vencedora.

Eu não me considero uma heroína, mais sim uma vencedora, há um ano passei por momentos difíceis com a minha saúde, mas o amor que recebi de meus parentes e amigos me trouxeram a vida e a vontade de viver, pelas mãos de Deus.

Hoje moro em um Lar especializado em idosos, aqui eu sou feliz e levo palavras de amor e de conforto para os menos favorecidos, fazendo com que eles se lembrem sempre que a tristeza não existe. Para aquelas pessoas que lamentam por não encontrar a alegria de viver, peço que abra seus corações e seus olhos, então verás que a riqueza que possui está em seu interior, nas pessoas bondosas, amigas, que sempre tem um sorriso para nos oferecer.

Eu penso assim; sempre amar e compreender e serás feliz, eu sou uma pessoa resignada e não tenho mágoas do passado.

Resumindo, eu sou feliz porque amo as mínimas coisas e porque sou compreendida.

O passado já passou, vamos viver o presente. Faça de sua tristeza um nutriente para o seu próprio crescimento, para se tornar uma pessoa ainda melhor.

Quando se vive com todo o esforço, a vitória já está assegurada. Incentive-se!


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

 "A VERDADE É QUE ELA PERSEGUE UMA REALIDADE QUE LHE ESCAPA"

C.L

clarice!

 

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Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.

[Clarice Lispector]

sábado, 22 de agosto de 2020

Anima

 "Alma vai além de tudo que o nosso mundo pode perceber."

{Milton Nascimento}


terça-feira, 11 de agosto de 2020

domingo, 26 de julho de 2020

Qual é a história da sua maior saudade?

A história de que sinto saudade está situada em outro território, em Buenos Aires. Uma das coisas da qual eu mais sinto falta é caminhar pelas ruas porteñas. Acho que a parte bonita dessa nostalgia tem a ver com a qualidade da caminhada. Buenos Aires me ensinou a acessar minha capacidade de observação e entrega durante um trajeto a ser percorrido. No começo foi difícil desapegar dos meus passos ágeis, típicos de uma paulistana. Mas as pessoas, o clima e o céu de Buenos Aires me ensinaram, misteriosamente, que não era sobre saber chegar ao destino final ou chegar rápido. Caminhar naquela cidade também era sobre se perder. E se perder também significa ocupar seu lugar no mundo.
A cidade estava sempre tomada pelos seus habitantes. Os porteños se apropriam das praças, das ruas, dos cafés e dos parques com muita naturalidade, como se todos esses espaços fossem uma extensão de suas casas.
O ritmo dos meus passos anunciava o nascimento de mais uma etapa de um processo íntimo da busca pelo “não se sabe o quê”. O chão firme e plano da cidade me devolvia a sensação da firmeza de existir com uma única finalidade: seguir adelante. Não havia pressão, mis pasos eran míos, em outras palavras: eu caminhava sem ter de provar nada para ninguém. Minha segunda profissão era ser estrangeira e é também dessa sensação que sinto saudade: não por não conhecer ninguém ou coisa do tipo, mas porque a condição de ser estrangeira me deu o direito de não me culpar em todas as inúmeras vezes em que eu abri uma porta equivocada.
Eu dizia:
- Aqui eu caminho diferente!
Me colocar em risco era ter como recompensa experienciar outra vida que não a minha.

O que você mais quer agora?

Tenho muitos desejos dentro de mim. Tenho desejos íntimos, desejos mais amplos e desejos que talvez nunca se realizem, mas, com certeza, o que eu mais quero hoje é que não haja mais mortes por coronavírus, mesmo sabendo que isso é apenas a ponta de um iceberg. Acredito que não se trata de curar apenas uma doença, mas de curar as doenças do inconsciente coletivo que ignora, exclui e desrespeita (mata) a existência dos povos indígenas, da população negra, do meio ambiente, dos animais. São tantas curas pelas quais ainda teremos de passar.

Como você imagina o amanhã?

Eu me esforço para imaginar. Não consigo visualizar nada muito concreto. Os contornos do desenho do nosso futuro ainda não foram traçados, são como aquelas tarefas que tínhamos quando éramos crianças, de ligar os pontos com o lápis e só enxergar a imagem final quando tudo estivesse interligado. Eu gostaria muito que essa imagem tivesse a ver com um recomeço da vida através da simplicidade e da calmaria. Projeto nos meus sonhos mais lindos pessoas se encontrando e debatendo alternativas para o nosso modo de vida, novas formas de existir e conviver. Trazer a natureza para perto e abraçá-la junto com tudo o que sempre esteve deixado de lado. Aprender do que vive à margem, o marginal, o que percorre um caminho que não é o da maioria. Acho que imagino algo por aí.

Quem é Mayara Constantino?

Eu poderia dizer que sou atriz. É assim que eu me defino desde os meus 7 anos de idade. Mas confesso que hoje, aos 33, não estou mais tão apegada ao título. Eu amo as palavras, mas não acho justo escolher uma para definir alguém.
Aprendi num curso de tarô que você não é uma carta, você está. Eu gosto de usar isso na vida também. Então posso dizer que no momento eu “estou” estudante. Não sei em que etapa estarei na próxima vez que você me ler. Eu me formei em audiovisual, mas me arrependo de não ter estudado pedagogia. Eu tenho tido ultimamente uma forte inclinação para dirigir atores, gosto de acompanhar e orientar o processo criativo. Sou apaixonada por literatura infantil, Cortázar e Clarice. Já trabalhei numa videolocadora e também já fui garçonete. Eu admiro artistas misteriosos e atores que não traçaram o caminho mais óbvio (e simplista) do que é ser ator no Brasil. Sou muito pé no chão, não me deslumbro fácil. Tenho tendência a sempre querer ir embora, amo ser estrangeira. Desejo ser um corpo que se move na intenção de absorver (se nutrir) e propor, ou seja, conviver com base nas trocas de experiências. Atuo na perspectiva de poder servir. Meus estudos são constantes, pois quero, sem ingenuidade, ser uma ferramenta que contribui para um mundo diferente.

domingo, 12 de julho de 2020

Um teto todo seu

"Alguém deveria tê-la ensinado a admirar as estrelas e raciocinar cientificamente."

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sexta-feira, 5 de junho de 2020

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"Com frequência, as mulheres eram artistas que estavam tentando ser sensatas ao dedicar oitenta por cento do seu tempo a algum trabalho que abortasse diariamente suas vidas criativas". 

CLARISSA PINKOLA ESTÉS

quinta-feira, 14 de maio de 2020

imagens x quarentena

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madagascar

a imperatriz

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foi no dia 7 de maio.

ela apareceu no meu sonho. entrou no meu quarto, olhou pra mim, provavelmente eu estava no celular. ela disse que iria ficar com a minha mãe porque eu não estava dando atenção pra ela. eu acordei e durante o café da manhã eu disse pra minha mãe: hoje a gente bem podia ligar pra Tia Elza, né? fui deixando pra mais tarde e depois de algumas horas eu soube que ela se foi.
me custa acreditar. sempre me custará.
na hora do sepultamento uma nuvem de coração se formou no céu. minha mãe e eu fizemos um ritual. era noite de Lua Cheia.

te amo, dona Elza. você sempre será a musa absoluta desta família. fica o amor e as histórias que irei contar para meus filhos e que eles contem para meus netos.

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07/05/2020


domingo, 3 de maio de 2020

*

“How, in our crude, vague, dreamy ignorance could we recognize the subtle, elusive beauty of human grief…”  Denise Levertov

There are lessons coming up, and as many of the process this time, I hope that we can tune in more. It’ll be different things for everyone, but there is a certain alchemy that’s arising. All it’s asking us is to pay attention.

Fariha
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sábado, 2 de maio de 2020

ALL THINGS ARE DELICATELY INTERCONNECTED

terça-feira, 28 de abril de 2020

*

"I feel in this time... it is a necessity to have a plan, a manifesto, an alternative. It's a question of life and death for our species... after tragedies one has to invent a new world, knit it or embroider, make it up. It's not gonna be given to you because you deserve it, it doesn't work that way. You have to imagine something that doesn't exist and dig a cave into the future and demand space. It's a territorial hope affair... in the future it will become your reality."


[Bjork]

quarta-feira, 22 de abril de 2020

terça-feira, 21 de abril de 2020

plant


“The day you plant the seed is not the day you eat the fruit.” - Unknown

quinta-feira, 5 de março de 2020

SOY LO QUE SENTÍS CUANDO ME EXTRAÑÁS !

sábado, 25 de janeiro de 2020

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a primeira lua nova da década

no dia 24 de janeiro de 2020 eu

viajei pro Rio de Janeiro (com menos medo) com o mesmo medo de avião de sempre. uma criança que estava sentada atrás de mim narrou a decolagem para seu pai.
eu meditei.
sempre gostei das decolagens e dos pousos.
durante o vôo eu ainda sinto dificuldade em relaxar, em estar presente. mas a partida e a chegada são especiais, parece que atravesso portais de mudança, independente da distância.
como a perfeita virginiana que sou não existe metáfora melhor para tirar os pés do chão do que me deslocar de avião.
eu agradeço e peço novos caminhos.
eu agradeço e peço coragem.
eu agradeço e amo todos que ficam. e os que virão.
dia 24, quando pisei no Rio de Janeiro, a primeira lua nova da década se preparava para pousar.
lua nova em aquário. as águas frescas de aquário limpam a mente de modos conformistas de pensar e nos oferece acesso direto às visões do futuro que estão tentando nos alcançar no presente.

hoje, 25 de janeiro, perto do dia do aniversário da minha mãe, eu, num hotel no centro do Rio de Janeiro, pensando que deveria malhar. não perder um dia de malhação! porque é isso que todos esperam de você. eu, aqui, emotiva sem saber exatamente o por quê... eu, com dor de barriga e cuidando da garganta. tentando entender o que é o que o FUTURO veio me dizer. eu, só com as minhas melhores roupas na mala, pra não sair com ninguém no fim das contas.

quero alcançar as novas ideias. quero servir ao mundo. e não apenas observar de fora.
sinto uma saudade i  m  e  n  s  a  do meu ex companheiro. ainda não deu pra assimilar este fim. tem um apego aqui. tem.

eu te amo, Federico.

infinitamente.

me cuesta mucho seguir tranquila, así... como si nada.
como puede ser que se pueda sentir fisicamente que estamos nos despegando, descolando... droga! não sei como se fala isso em espanhol...

cómo puede ser que las ruedas del avión sean tan pequeñas con relación a su tamaño? cómo puede ser que sean ellas las responsables por hacer el último toque entre el piso y el avión? cómo puede ser que sean estas ruedas las que sostienen un avión entero que recién llego del cielo?

partir
 chegar

no sé no sé no sé

me duele la panza.



sábado, 11 de janeiro de 2020

voa


estou reconstruindo o meu mundo aos poucos. me sinto medíocre.

algumas poucas plantas que estou apegada. yoga de manhã. meu chá em jejum. um tarot que só tiro pra mim. meus caderninhos cheios de anotações que eu deixaria pra algum filho meu ler algum dia... 
a lua cheia atravessa a sala por cima do meu prédio pra me encontrar na janela do meu quarto no fim da noite. os livros que nunca termino. ansiedade em forma de tabaquinho natural. comidas orgânicas e/ou de repente uma fritura pra me intoxicar. 

eu, 
sozinha 
na sala, 

cantando o melhor que posso. pra que essas palavras ecoem e saiam pelas janelas a buscar meu propósito neste mundo. eu achei que era construir uma casa pra chamar de nossa.

não era.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

2020

você estará reinventando o seu futuro este ano.

não se repreenda por mudar seus planos. você não está abandonando seus sonhos, mas expandindo-o.

"aí tais se redescobrindo"

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

sábado, 14 de dezembro de 2019

TENDENCIAS HUMANITARIAS
 here to end suffering and injustice through an educationally focused institution dealing with themes of unconditional love and forgiveness through the visionary design of creative solutions to complex social problems.”

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

lua nova em sagitário


Casa e lareira são onde eu vou me aquecer. Não pareço ser fortalecido pelo que é frágil. Eu não acho que a fama vai me curar. Sei que conquistas e elogios são tão agradáveis ​​quanto ter outros com quem compartilhar. Ao longo do ano passado, me pediram para aumentar meu relacionamento com meu mundo interior. Meu passado e seus jogadores. Minha história e seus temas. Meus padrões têm raízes e a familiarização com eles possibilita a cura. O que aconteceu antes deste momento informa como eu reajo a ele, mas as mágoas passadas não são bem-vindas para envenenar o momento presente. Eu trabalho com esta Lua Nova para purificar o terreno sobre o qual construo minha vida. Eu me liberto da tarefa impossível de refazer o passado e, em vez disso, reoriento minha energia para fazer do presente um lugar onde o prazer possa prosperar. Perdoo-me pelo que não sabia como fazer, segurar ou construir. Forjo um novo lugar para chamar de meu, um que acolhe bem meu aprendizado e incentiva minha capacidade de começar de novo.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

lua nova em escorpião

Eu conjuro feitiços com cada palavra pronunciada. Com cada palavra escrita. Com todo sentimento sussurrado para mim mesmo. Minha mente é um lugar para fazer mágica. Minhas comunicações criam caminhos para a cura me encontrar. Minha capacidade de sintonizar as transmissões que estão tentando chegar até mim faz toda a diferença na minha jornada. Eu limpo espaço nos meus dias para ouvir. Eu tenho o hábito de ficar quieto. Faço parte da minha rotina redirecionar-me para os rituais que me purificam de dúvidas que apenas me distraem.
Presto atenção a toda e qualquer nota misteriosa de afirmação, cautela e preocupação que me chega. Lembro que minha vida está sempre falando comigo. Entrar na conversa é uma habilidade que eu me desafio a desenvolver. Atender suas mensagens é cuidar da chama central da minha vida. Recusar os sentimentos do mundo que me deixariam impotente só pode ser feito se eu estiver sintonizado comigo primeiro. É deste lugar que eu sei o que é uma afirmação falsa sobre mim ou um reflexo honesto de tudo em que preciso trabalhar e tudo em que sou capaz de crescer.

domingo, 14 de julho de 2019

“E esse amor mais humano (que se realizará de modo infinitamente delicado e discreto, certo e claro, em laços atados e desatados) será semelhante àquele que nós preparamos, lutando com esforço, portanto ao amor que consiste na proteção mútua, na delimitação e saudação de duas solidões.”

Rilke ♡
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sábado, 13 de julho de 2019

“Nada a poderia perturbar mais do que olhar para fora e aguardar de fora respostas a perguntas a que talvez somente seu sentimento mais íntimo possa responder na hora mais silenciosa”

[Rilke]

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

domingo, 2 de setembro de 2018

He pasado tanto tiempo lamentando lo que no entendía
Que ahora prefiero que me den las claras del día

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

'porque lo comprensible no es la medida de todas las cosas.''

angelica liddell

quarta-feira, 23 de maio de 2018

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audio

cuando ella lo miró, se vieron.
ella queria escapar siempre... pasito a pasito de las sensaciones que no queria vivir en los momentos suyos - propios - personales - queria viajar, queria sentirse suya, queria ser mujer, queria estar en el camino siempre caminando. 
él queria parar, queria detener ese terremoto espacio-tiempo que todos los días inventaba, queria decirse a si mismo que sentarse era como caminar y correr, pero más lento para luego caminar y correr. 
ella siempre lo miro a los ojos. entre la gente, entre las cabezas, los cuerpos con sus cabezas, los cuerpos sin cabezas, ella siempre lo miro. 
él empujaba todo para correr lo que tenia en frente y verse. 
ella quiso acercarse apoyandose en su propio ser y depositandoselo. 
él abrió y quiso... abrirse, recibirla y recibirse... de persona. 
ellos querían escaparse bien adentro de ellos mismos para poder abrasarse, mirarse y verse. 

y lo hicieron. 

[federico prim]

quarta-feira, 16 de maio de 2018

mistério

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos.


{Fernando Pessoa}

segunda-feira, 16 de abril de 2018

cena 01 - nomes

Un día antes y todavía tengo tiempo de no equivocarme o de cometer los mejores errores para luego lograr. Que es exactamente lograr? Mostrar lo que uno quiere ver? La consciência pertenece a la completud del ser? Hay como meterla ahí? Como programarme o calcular a Ser entera, partir entera, parir? Si yo fuera madre, quizás... Y sí! Soy tu madre, jóven chica racional, consciente y por eso también tan irracional y inconsciente. Te pregunto. Cuáles son nuestras partes similares? Que és lo que te puedo prestar para que crezcas adentro mío y luego encuentres la luz que te va a guiar tu primer pasito? Que ves antes de nascer? Que ves ahora? Estas en un entre espacio caliente e oscuro? Quiero nascer con vos, pero acá hace frío. Que és lo que tenés guardado para mí que me lo vas a regalar de sorpresa en un momento NO ideal? Sos de las cien personas en el mundo que se puede confiar? Sos mala. Siento que me pateas las ideas, la panza, la garganta y todo eso porque queres gritar para el mundo tu voz, tu vos, mi yo... Todo es solo un viaje. Siempre estamos en des lo ca men to. Te doy la mano, tocá mi pelo, este pelo loco, lo deje perdido para vos. Todo lo que está perdido en mi te sirve? Tatuajes inacabados, dientes tuertos, ojeras, no uñas, piel blanca que no busca sol, cuerpo con frío, útero chiquito, memórias feas, arrependimentos, egoísmos del pasado y del presente... cuantos agujeros tengo para ti, Isabela. Quiero asilo. Un refugio para encontrarte, pero me parece que me queres encontrar adelante de todos. Ahí vamos entonces... falta menos.

y ya te extraño, nena.

sos un pedacito de mi hija, el princípio. te estamos dibujando. y ya se te ve: 
- mi amor, es una mujer!

sábado, 14 de abril de 2018

"Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada pelos demais.”

{Eduardo Galeano}