sábado, novembro 22, 2025

The Fashion of Sci-Fi Futures

sexta-feira, novembro 21, 2025

Good Boy (2025)

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Uma questão muito interessante para ser discutida em podcast: se fosse um actor humano, quem seria este cão? Já li por aí que seria o Daniel Day-Lewis, mas não concordo. Deu-me mais pinta de Robert Redford pelo tom do pêlo e pelo movimento das sobrancelhas. Ao realizador provavelmente fez lembrar o Harrison Ford, daí a homenagem no nome Indy. Pormenores. Passemos ao que interessa: conceito original, atmosfera competente... e tudo o resto catastrófico. Catastrófico ao ponto de estragar o conceito, atenuar a atmosfera, tornar-se confuso entre simbolismos e pesadelos, visões e alucinações. Confesso que cheguei ao fim sem sequer perceber se isto era uma espécie de "Sexto Sentido" canino... ou se o twist era outro.

quinta-feira, novembro 20, 2025

Usual Creepy McAvoy

quarta-feira, novembro 19, 2025

K-9 (1989)

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Se fosse um jogador de futebol era o Hugo Leal: arranque promissor no Benfica - um filme "canino" que começa com uma canzanada num carro e um ataque balístico de um helicóptero -, ainda salta para o Atlético de Madrid e PSG - a cena do interrogatório com o patife preso à porta do carro a correr na autoestrada é melhor que o "The Long Walk" inteiro e o Jerry Lee a apanhar e partir uma bola de snooker com os dentes -, tem mais uma oportunidade no Porto - especialidade de tortura é agarrar os canastrões pelos tintins - e depois o descalabro entre os Trofenses e os Salamancas desta vida - o vilão do Kevin Tighe que é fraquíssimo, a cena nos lençóis com o tema do Jaws, a cena da pinocadela canina, a falta de química entre Belushi e todos os que o rodeiam, etc. etc. Como policial não cumpre os requisitos mínimos, como buddy cop é um satisfaz menos, como filme "canino" um satisfaz mais. O Belushi, esse, está como o Hugo Leal hoje em dia: dedicou-se ao padel.

terça-feira, novembro 18, 2025

The Death of Touchstone Pictures

segunda-feira, novembro 17, 2025

Delta Force 2: The Colombian Connection (1990)

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Como se a ideia de ter o Chuck Norris no Carnaval do Rio de Janeiro não fosse suficiente para nos agarrar a um filme, ainda passam o nome do Billy Drago nos créditos iniciais entre dois ou três pares de seios a abanar. Está comprado. O Chuck acaba por ser introduzido apenas mais tarde num dinner qualquer na terra do Tio Sam a despachar palermas mal educados e, por isso, já só esperamos que o irmão mais novo do Chuck Norris não tenha confundido o Rio de Janeiro com Bogotá no título. Tudo tranquilo, a besta do Billy Drago lidera um cartel na Colômbia que anda a encher a Flórida de cocaína e, claro, só um homem pode resolver o assunto: aquele que processou a NBC porque "Lei e Ordem" eram nomes registados de cada uma das suas pernas. Chuck Norris paraquedista, Chuck Norris trepador, Chuck Norris inconsciente depois de levar uma marretada na cabeça - terei que confirmar com as entidades competentes, mas provavelmente terá sido a única vez na carreira -, fianças de dez milhões de dólares que são trocos para o Dragozão, famílias mortas e um país chamado São Carlos, apesar do título ser Conexão Colombiana e não Conexão São Carlense. "Quando a morte chamar, vais berrar que nem um bebé", diz o pai Chuck para o tio Drago. Juntem explosões old school, limusinas a desviarem-se de mísseis disparados por helicópteros e, pelo menos para mim, é tudo um pacote mais do que suficiente para me limpar a alma para as próximas semanas.

domingo, novembro 16, 2025

sábado, novembro 15, 2025

Turner & Hooch (1989)

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Havia um certo charme único e característico neste Tom Hanks esticadinho do final dos anos oitenta. Contextualizado na época, estava longe do estatuto de sex symbol do Tom Cruise, da coolness de Michael J. Fox, da rebeldia do Patrick Swayze ou da cara laroca do River Phoenix. Entre o nerd e o porreiro, o divertido e o dramático, o Tom Hanks já era o Tom Hanks. Um Dogue de Bordéus cheio de baba que bebe cerveja e come muffins ao pequeno-almoço, o Tom Hanks com problemas sérios com embalagens de fio dental, o eterno polícia do "Die Hard" como parceiro, uma táctica canina assustadora de prender pescoços, um diálogo/monólogo irresistível num stakeout e uma opção narrativa bem perto do final que talvez se tenha revelado demasiado audaz e arriscada para o "tipo" de filme que o realizador de um dos meus 007 favoritos - o que tem a Teri Hatcher e a Michelle Yeoh como Bond Girls - orquestrou. Eu gostei, mas ninguém vai à frutaria da vila para comprar salame de chocolate. Outra erro crasso: esperar que a malta acreditasse que o Craig T. Nelson era um dos bons da fita.

sexta-feira, novembro 14, 2025

When Tarantino Learned To Shut Up

quinta-feira, novembro 13, 2025

Free Solo (2018)

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Nunca o termo cinemático "cliffhanger" fez tanto sentido e foi tão literal, tão verdadeiro, tão bem aplicado. Cheguei ao fim num estado de nervos incompreensível - não conheço este animal de lado nenhum para ficar de boca seca ao vê-lo escalar sem qualquer rede de segurança - mas com sentimentos contraditórios: não consegui tirar uma conclusão efectiva sobre o grau de heroísmo de Alex Honnold. Será muito corajoso ou apenas parvo? Pobre Sanni, pobre família, pobres amigos. Caramba, eu tenho receio de ir ao chão quando subo a um banquinho na despensa da cozinha. A minha mulher não sabe a sorte que tem.

quarta-feira, novembro 12, 2025

Signature Samara Weaving scream!

terça-feira, novembro 11, 2025

The Long Walk (2025)

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Que "Hunger Games" sensaborão, versão dos pobres, sem construção de universo próprio, sem ideias cinemáticas, sem chama, sem alma, sem nada que aconteça que seja inesperado. Tudo sem sentido - seja as mochilas às costas sem necessidade ou o calçado escolhido completamente desadequado com a missão em frente -, tudo repetitivo sem necessidade absolutamente nenhuma para tal, tudo às costas do duo de protagonistas, constantemente responsáveis por salvar o guião, a realização e todas as personagens secundárias sem qualquer tipo de impacto ou ligação emocional ao espectador. Safa-se David Jonsson e pouco mais. Mark Hamill e o seu major? Fartei-me de revirar os olhos.

segunda-feira, novembro 10, 2025

Gena Rowlands (1930-2024)

domingo, novembro 09, 2025

Aka Charlie Sheen (S1/2025)

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É o "Cocaine Bear" mas com um humano que tem um pai fenomenal - e ainda não se apercebeu realmente disso - e uma ex-mulher (Denise Richards) que foi - e continua a ser, na verdade - uma santa. Parece que já recuperou, mas vai bater a bota um dia destes, podem escrever. Bem editado, bem montado e com uma revelação inédita - e corajosa - no final. Ainda assim, zero compaixão por este animal.

sábado, novembro 08, 2025

2026, o ano da Milla!

sexta-feira, novembro 07, 2025

Downsizing (2017)

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Eu já tinha visto premissas engraçadas completamente desaproveitadas, já tinha visto histórias de amor extremamente patetas e forçadas, já tinha apanhado chachadas ambientalistas enfiadas à bruta em filmes com potencial humano dramático que as dispensavam... e até já tinha apanhado mais do que uma vez um actor a aproveitar um filme para beijar várias mulheres sem precisar de se justificar em casa - Christian Bale como psicopata americano, por exemplo. Agora juntar tudo isso no mesmo sítio, com o Udo Kier e o Christoph Waltz como secundários parvinhos, uma vietnamita (americana) estereotipada irritante e humor de algibeira - oito tipos de quecas -, ainda para mais realizado por alguém tão conceituado como o Alexander Payne, nunca pensei. O coração de Payne estava no sítio certo mas apetece mesmo dizer: "Querida, encolhi o cérebro".

quinta-feira, novembro 06, 2025

The Highs of Lows of a Camp Classic

quarta-feira, novembro 05, 2025

Three Colours: Blue (1993)

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Diria o Pedro Abrunhosa que ninguém sabia quem te perdeu, Juliette. Azul, frio, triste, de mãos vazias, as mãos como os teus dias, tão leves e banais. O acidente que te levou o medo mas trouxe um segredo, o de um beijo apertado, de cara contra o vidro. Dançar e rodar no chão molhado, porque uma asa voa a cada beijo teu. Liberta o passado, abraça alguém como se abraça o tempo, és dona da música e do céu, e ninguém sabe quem te perdeu. Bonito, mas sobrevalorizado.

terça-feira, novembro 04, 2025

28 Resident Evils Later

segunda-feira, novembro 03, 2025

The Killer (2024)

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O John Woo está para o cinema de acção como o Cristiano Ronaldo para o futebol. Quinze anos de uma carreira fenomenal em campeonatos competitivos - China e Hong Kong -, uma curta experiência que funcionou em Itália - "Hard Target", "Broken Arrow" e "Face/Off" - e depois o descalabro na Arábia Saudita. Fintas (slow motions) que não resultam em nada, imagens de marca como o SIUUU (pombos) a festejar golos de penalty contra manetas, palermices e caretas para as câmeras quando não lhe passam a bola ou perde um jogo (as histórias e os vilões sem chama nem profundidade). Juntem a este piloto automático à busca de um cheque para pagar contas o carisma nulo de um qualquer saudita que lhe centra a bola (Nathalie Emmanuel) e nem a extravagância do Jorge Jesus (Eric Cantona) o salva de fazer figura de camelo neste fim de carreira. Felizes eram os tempos em que suspirávamos por um "amanhã melhor, fervido à bruta".

domingo, novembro 02, 2025

Gene Hackman vs Wes Anderson

sábado, novembro 01, 2025

Glass (1958)

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Poesia em movimento. A forma como a música e a montagem abraça as imagens, o trabalho, os mecanismos automáticos, os sopros e as rotações manuais. Mostrar tanto sem precisar de dizer nada. Como se o jazz desse as mãos a um western em que as pistolas são trocadas por aquela areia de sílica a ferver. Aqui o badass não é quem dispara mais rápido ou acende o cigarro no casaco de cabedal, mas sim quem sopra mais forte e pega fogo à mortalha com vidro quente. Óscar mais do que merecido, e um mimo nesta restauração 4K que foi disponibilizada nos últimos anos.

sexta-feira, outubro 31, 2025

Bad Blood

quinta-feira, outubro 30, 2025

A House of Dynamite (2025)

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É muito fácil perceber a razão de todas as críticas, o grande motivo pelo qual o novo filme de Kathryn Bigelow tem sido arrasado pela crítica e pelo público. Além de toda aquela estética visual asséptica da Netflix, parece que lhe falta todo um terceiro acto, à vontade uma meia hora final que dê respostas, caramba, que ofereça a GRANDE resposta que a audiência procura, que encerre as histórias de várias personagens, que nos dê um vislumbre de um apocalipse anunciado. Mas é exactamente essa audácia em mostrar-se e provar-se como um filme sobre processos, sobre tomadas de decisão, sobre o carácter de políticos e decisores, e não sobre resultados, sobre o caos, que me conquistou. Felizmente não passa tudo de uma miragem, claro, porque temos na vida real uma equipa super competente e com extremo bom senso nos comandos da Casa Branca.

quarta-feira, outubro 29, 2025

Terence Stamp (1938-2025)

terça-feira, outubro 28, 2025

Night Always Comes (2025)

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A história base que justifica todas as acções da protagonista é tão mal amanhada, tão mal construída naqueles minutos iniciais, tão forçada e disparatada nas acções incompreensíveis da mãe (Leigh), que não dá para nos preocuparmos minimamente com as consequências de todas as parvoíces que a Vanessa Kirby decide fazer. Kirby está longe de ser má actriz, mas a sua personagem é uma manta de retalhos; o mesmo se aplica, até pior, para a Jennifer Jason Leigh. Escrita e realização com muita maquilhagem, algum silicone, mas pouco ou nenhum conteúdo às sete da manhã depois de acordar. Quem tem experiência de Bairro Alto já não se deixa enganar.

segunda-feira, outubro 27, 2025

domingo, outubro 26, 2025

The Babysitter: Killer Queen (2020)

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O grande mérito desta sequela é fazer o primeiro parecer uma obra-prima. Não, não é mais divertido do que o primeiro, como muitos dizem: é mais estúpido. Infinitamente mais palerma. A história, as personagens, o acting, o humor, o próprio gore, tudo, tudinho num patamar que não roça o ridículo, abraça-o, dá um peido, e ri-se de si próprio enquanto respira aflito o cheiro nauseabundo. Tudo forçado, tudo teatral, tudo patético. Como o nome do realizador.

sábado, outubro 25, 2025

Humphrey's drying off from a wet strip

sexta-feira, outubro 24, 2025

The Woman in Cabin 10 (2025)

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É um Agatha Christie escrito pelo ChatGPT, que cumpre os mínimos... se os vossos mínimos forem tão baixos quanto os meus quando se tratam destes filmes que ficam seis semanas no top10 da Netflix. Continuo com a minha teoria que qualquer filme de mistério em que sabemos quem vai ser o mau da fita ao fim de dez minutos nasce torto e dificilmente se endireita, e esta brincadeira com o canastrão do Guy Pearce não é excepção. Esquecível, mas deu para não adormecer no sofá.

quinta-feira, outubro 23, 2025

Alien Park

quarta-feira, outubro 22, 2025

The Irishman (2019)

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De Niro a pintar paredes, Scorsese a pintar um belíssimo quadro. Mais um, diga-se. Um quadro de uma vida, uma vida de quase glória, quase poder, quase liderança, quase respeito. O braço direito dos maiores, dos mais temidos, dos mais badalados. O braço que pintava paredes... mas as paredes nunca eram dele. De Niro, Al Pacino, Pesci e Keitel fazem tudo parecer fácil, muitas vezes com um simples olhar, um simples movimento facial, uma simples fala no tom e timing certo, um simples silêncio inesperado. E depois Scorsese, o que dizer mais de Scorsese? É o seu "Forrest Gump", um em que a paragem de autocarro é substituída pelo acto simbólico da compra do seu próprio caixão. Anti-herói e vilão, leal e traiçoeiro, complexo como só os maiores sabem construir e desenrolar. Aproveitando o famoso meme, "Absolute Cinema".

terça-feira, outubro 21, 2025

George Wendt (1948-2025)

segunda-feira, outubro 20, 2025

The Irishman: In Conversation (2019)

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Era capaz de ficar mais sete horas a ouvir estes quatro em amena cavaqueira sobre tudo e não apenas sobre "O Irlandês". Sobre o cinema, o novo cinema, o velho cinema, a vida em geral. Entre o riso contagioso do Scorsese, a humildade do Pesci, a sagacidade (inesperada) do Al Pacino e o levantar de sobrancelhas do De Niro, foram vinte minutos que pareceram três ou quatro. Quatro lendas, daquelas que serão faladas daqui a cem anos quando nenhum de nós estiver por cá.

domingo, outubro 19, 2025

Defoe Party