22/12/25

965 dias

Hoje, 22/12/2025, faz exatamente 965 dias não apareço no Sacudindo Palavras.
Então, do mais absoluto nada, despretensiosamente, loguei no blogger e comecei a escrever. 
Escrever sempre foi terapêutico pra mim, mas, infelizmente, perdi esse hábito nos últimos anos. Não serei mentirosa dizendo que foi pela falta tempo, afinal são 965 dias sem postar nenhuma linha sequer. O fato é que eu parei de escrever por desacreditar em mim como escritora amadora. Não escrevo sobre algo que nunca foi escrito. Escrevo sobre obviedades, amenidades, aleatoriedades. Escrevo sobre um amor que inventei. Escrevo sobre qualquer coisa e sobre nada. Apesar de não escrever nada digno de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, escrevo sobre o que faz meu coração pulsar mais forte, sobre o que faz minha mente devanear. E eu preciso, fortemente, parar de me boicotar, de achar que não escrevo coisas inteligíveis e/ou dignas de serem lidas. Eu preciso me permitir a deixar as letras saírem dos meus dedos como anos atrás. Sem medo, sem amarras, sem ser carrasca de mim mesma. 
Se eu quiser poetizar, que eu poetize sem métrica, sem rima rica. 
Se eu quiser publicar um artigo de opinião, que eu publique e que eu confie em mim mesma e na minha capacidade de ter ideias dignas de nota. 
Se eu quiser escrever um conto mal contado, sobre um amor que eu inventei, que eu escreva, que eu publique, que eu torne esse amor real pelo menos em mal traçadas linhas. 
E que, principalmente, eu nunca perca a capacidade de ver poesia em cada canto desse mundo por vezes caótico. 
Transformar as agruras da vida em poesia é uma das coisas que dá sentido à minha existência e faz os meus dias mais leves. 
É oficial: voltei ao Sacudindo Palavras. Mas, diferentemente dos meus outros retornos, não prometerei nada. Apenas deixarei fluir, tal como um rio que corre pra o mar. Falando em mar, preciso ir ver o mar, sentir a brisa acarinhando o meu rosto, ver o pôr-do-sol na praia e sentir, em cada célula do meu corpo, a vida acontecendo em mim. 

(Érica Ferro)



01/05/23

Estrela cadente

Estrela Cadente que vive em minha mente,

Quando meus olhos pousam em ti, minha alma desanda a sorrir.

Que brilho encantador que tu tens!

Amo-te, Estrela Cadente...

Despertas em mim o mais profundo desejo: enlaçar-te em meus dedos, aninhar-te em meus braços e prender-te em um doce e demorado beijo.  

03/07/20

Amor revolução

Image
fonte


Ah, o amor romântico...
Amar é entrega
É ser abrigo
Amar é um ato tão bonito!

Queria eu poder amar como antes
Com doçura e urgência delirantes
Queria eu poder amar como antes
Com fé em reciprocidades desconcertantes

Como Florbela Espanca, nunca fui correspondida
Nos amores que tive na vida
Pra mim, o amor romântico tem sido um ato unilateral
E amar assim é surreal

Cansa, sangra, esmaga o peito, destrói esperanças
Mas o amor, em sua mais pura essência, é composto por lindezas
A incorrespondência pode até maltratar
Porém, o amor é o que dá cor e tem o poder de revolucionar

(Erica Ferro)