sábado, junho 17, 2006

I´m not it!

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Galinha, lésbica, nerd, rebelde/gótica... num curto intervalo de tempo uma mesma turma fez com que uma garota, no caso eu, tivesse todos esses rótulos.
Quando entrei no colégio novo fiz amizade com um grupo de meninos e logo ganhei o primeiro rótulo GALINHA, quando descobriram que eu não ficava com nenhum dos garotos logo decidiram que então eu só podia ser LÉSBICA. Enfim os animos parecia ter baixado resolveram que o fato de tirar boas notas, participar da aula e jogar xadrez me tornava uma NERD, mas como pode ser nerd uma pessoa de all star, roupa preta uqe senta no fundão e mata aula? Pronto, virei um misto de REBELDE/GÓTICA/ROQUEIRA.
E tudo isso por um bando de garotas que nunca me disseram bom dia, mas julgavam me conhecer suficientemente bem para dizer como eu era.
Ok, até sobrevivemos a rótulos, aprende a achar normal e fica indiferente, mas isso incomoda...então, é melhor pensar nisso antes de torcer o nariz pra uma pessoa só pelo que ela PARECE ser.

sábado, abril 15, 2006

Obcessão

Ser, estar, sentir
Ser sua, estar com você, sentir teu calor
Ser seu desejo mais obsceno
Tudo o que você sempre quis

Estar em todos os seus sonhos
Dominar seus sentidos, seu sentimentos
Sentir que és meu, que sou sua
Sentir teu corpo no meu

Não é posse, é necessidade
Necessidade de saber que és meu
Meu e de mais ninguém

Quando isso for real então,
Finalmente poderei dormir tranqüila
Tranqüila e perto de ti



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segunda-feira, março 20, 2006

Do amor

Mãos firmes a percorrer o corpo
Corpos quentes a se entregar
Lábios que se tocam
Corpos que se encontram

Olhos nos olhos
Respiração ofegante
Você em mim
Eu que não sei resistir

Nós nos amamos
Nos desejamos
Nos entregamos

Cansados de tudo
Nos refazemos
E recomeçamos

quarta-feira, março 08, 2006

Querer

E a vida não para
Vai e vem num eterno balanço
Como uma rede sempre embalada
Embalada pela mão do destino

E no frenesi dos acontecimentos você é uma lembrança constante
Sempre pensando em ti, te quero, te sinto, te desejo
Nado contra a maré para realizar nossos sonhos
Pois só peixes mortos nadam a favor da corrente

Durmo e sonho com o dia em que seremos um
Mas os sonhos não me bastam
Quero que juntos construamos a realidade

Então fecho os olhos numa simples e singela oração
Em um único e fervoroso pedido
Estar sempre junto de ti

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Traição (e morte)

Cheiro forte de mulher
Boca cor de carmim
Olhar penetrante
Olhos de perdição

A mulher que seduz
O homem que deve, mas não resiste
O casal que se entrega
Eis o adultério cometido

A mulher que descobre, chora, grita
Pega o revolver que o marido esconde
E sai a correr pelas ruas endoidecida

Encontra o casal ainda dormindo
Tomada pela raiva atira sem pensar
Os dois morrer, eis o crime acontecido

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Desejo

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Olhos nos olhos, pele com pele
Sinto teu cheiro, tua respiração
Recebo uma caricia sem jeito
´Lhe retribuo o sorriso, te beijo

Ouço tua voz, me arrepio em sussurros
Tiro tua roupa, me deixo ser despida
Devoro te com todos os sentidos, me deixo levar
´Te quero e a ti eu tenho

Somos crianças, amigos, amantes
E o luar testemunha de nossa paixão
De nossos loucos devaneios

Como num eterno reencontro estamos sempre matando a saudade
Porque na paixão cada segundo distante é muito
E acordar contigo é a certeza de ter dormido com os anjos.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Sentimentos

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Ouvir, falar, estar, sentir,
Dia pós dia os sentimentos surgem, desaparecem, se misturam
Vão e vem num turbilhão que chamamos de emoção
Emoção, emocional, sentimento, sentimental, sentimentalismo...

Eis entre eles o amor, saudade, paixão, desejo,
Muitos tentaram explicar:
Poetas, músicos, doutores, loucos, apaixonados,
Mas nunca conseguiram. Por que?

Porque essas coisas não se explicam,
Tais coisas se sentem, se deixa sentir
Para entender é preciso se entregar

Encontre alguém que te leve, que te conduza
Então se deixe levar sem preocupações
E se consegui sinta o êxtase dos sentimentos brotando de ti




"Ninguem liga se você não sabe dança, então lenvante e dance..."

terça-feira, dezembro 20, 2005

Welcome To My Life

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Simple Plan


Você já se sentiu como estivesse desmoronando?
Você já se sentiu deslocado?
Como se você não se encaixasse
E ninguém te entende?
Você sempre quer fugir?
Você se tranca em seu quarto,
Com o rádio ligado tão alto,
que ninguém te ouve gritar?
Não, você não sabe como que é viver
Quando nada parece certo
Você não sabe como é
ser como eu...
Ser machucado,
Sentir-se perdido
Ser deixado no escuro
Ser chutado quando você está mal
Sentir-se maltratado
Estar à beira de entrar em colapso
E ninguém está lá para te salvar
Não você não sabe como é
Bem-vindo a minha vida
Você quer ser outra pessoa?
Você está cansado de se sentir excluído?
Você está desesperado para encontrar algo mais
Antes de sua vida acabar?
Você está preso em um mundo que você odeia?
Você está cansado de todos a volta
Com grande falsos sorrisos
E mentiras estúpidas ?
Enquanto lá dentro você está sangrando
(

sábado, dezembro 10, 2005

Espelhos

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Nos espelhos vejo minha imagem refletida
Vejo meu rosto, meu corpo, meus olhos
Mas não vejo a mim de verdade
Enxergo apenas uma embalagem que esconde o produto

Olho e me vejo como os outros vêem
E não sei o porque, mas não gosto da imagem
Sinto que o que vejo por fora não é bom
Mas, se fecho os olhos e me concentro, consigo me ver por dentro

Olho bem, reparo nos detalhes
E quase sempre o que vejo também não me agrada
Ai me pergunto: Qual o defeito comigo? O que há de errado?

E não consigo ouvir a resposta
Todos apontam os defeitos, mas ficam mudos na hora da resposta
Talvez o defeito esteja em meus ouvidos ou em meus olhos ou talvez não estejam

terça-feira, novembro 22, 2005

Depêndencia

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Passo a vida toda a tentar a independência,
Independência de meus pais ou financeira, que seja
E de repente me vejo assim,
Completamente dependente de ti

Ao menor sinal de sumiço teu,
Em pouco tempo sem noticias
Fico assim agoniada
Com esse terrível sentimento de perda

Não que seja possessiva, pois
Quero te, mas te quero livre
Você perto de mim acorrentado não me serve

Perda porque, já sou tua
E quando somes me sinto perdida
Perdida de ti, perdida de mim...



“E nem sei porque me sino assim
vem de repente um anjo triste perto de mim
e essa febre que não passa
e meu sorriso sem graça”

quinta-feira, novembro 17, 2005

Sonho

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Essa noite sonhei com você,
Sonhei que agora podíamos nos olhar olhos nos olhos enquanto conversávamos
Pude sentir o calor dos corpos, a suavidade das mãos, o abraço, os lábios a se tocar
Ouvi tua voz bem perto de mim, senti tua respiração, senti teu cheiro
E depois da conversa vieram os beijos e depois dos beijos fiquei ali, simplesmente abandonada em teu abraço, sentindo o calor dos teus braços,
Fiquei ali, indefesa sem oferecer resistência alguma, me sentida tão bem como nunca antes havia me sentido...
Falamos sobre a chuva que caia, sobre o vento, sobre nós, sobre o mundo, sobre tudo enfim, com o tempo às palavras se tornaram desnecessárias e a simples presença já era o suficiente para estarmos bem...
O tempo foi passando e de repente você começou a sumir de mim, já não podia mais te sentir, te ouvir, te ter...
Infelizmente eu estava acordando, tentei evitar mas não consegui...
E quando acordei estava sozinha em meu quarto, minha única companhia era a lua, a nossa lua e mesmo assim ainda pude sentir tua presença...

terça-feira, novembro 08, 2005

Saudades

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Saudades da boca que eu nunca beijei
Do abraço que nunca senti
Dos sussurros que nunca ouvi ao pé do ouvido
Da pele que nunca toquei

Saudades de lugares que nunca estive
De momentos que não aconteceram
De uma vida que não é minha e que nunca foi
De sabores que nunca experimentei

Saudade de tudo que é meu,
Mas nunca me pertenceu
De teu perfume que eu nem sei qual é

Saudades do que está por vir
Do que ainda será
De tudo que espera por nós

terça-feira, outubro 25, 2005

Poeminha bobo...

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Queria ser assim
Mudar, me vestir, me rasgar,
Ser o que deveria ser
Como deveria ser
Ser o jeito mais certo pra você e pra mim
Pra nós, enfim...

Ser o bem e não só o mal
Ser tudo e não só o que convem
Saber retribuir
Saber ser pra ti
O que tu es pra mim

Ouço vozes no silencio
Elas dizem que te engano
Que te faço mal e te decepcionarei
E não sou como deveria ser
Não o suficiente

Estou fazendo o melhor que posso
Mesmo não sendo o que deveria
Estou tentando
E nessa minha tentativa
Eu juro
Um dia ainda nos levarei para um lugar seguro




“Somos o que queremos ser,
Sonhos que podemos ter”

sexta-feira, outubro 21, 2005

Eu por mim mesma...

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"Já fiz cócegas no meu irmão só pra ele parar de chorar. Já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxa. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em arvore pra roubar fruta, já caí da escada. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentada no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinha no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi vodka até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um “para sempre" pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão."

sexta-feira, outubro 14, 2005

E ainda me invejam...

Carinhos... Sorrisos... Conversas...
Família perfeita?? Não, ótimos atores...



Lugares perfeitos, alegria, conversas, musica, dança, boa comida, gente bonita, bebida, coisas boas e todas juntas...e todas falsas...



Não queria estar ali...nem queria ser assim...mas eu estou, eu sou...
Fico sorrindo enquanto queria gritar, correr, estar longe...



Estou acompanhada por dezenas de pessoas, mas me sinto sozinha, querendo estar apenas com uma, a única que a distancia me impede...



Não demonstre sentimentos, sorria, seja agradável, saiba dançar, mastigue de boca fechada, elogie a comida, não corra nem fale palavrões, tenha respeito pelos mais velhos e os escute com atenção, enfim, não seja você...



Sou assim, mas não sou, não é meu jeito, mas é com eles querem que eu seja...e agora Quero ir embora, sair daqui, esquecer de tudo começar de novo, ser quem eu sou de verdade e não fingir, chega de ouvir musicas detestáveis e conversar com pessoas vazias, quero meu amigos de volta, minhas musicas, meus CD’s, meus livros, minhas coisas, meu mundo...coisa que nunca foram minhas, mas sempre me pertenceram...



Não sou fantoche, sei o que quero e onde pretendo chegar, mas preciso deles, pelo menos por enquanto, e por isso vou deixá-los pensar que me dominam que sou o que eles querem que eu seja, mas ainda morreram pela própria força...



“Não é a vida como está e sim as coisas como são”

sexta-feira, outubro 07, 2005

Longe do meu lado

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Legião Urbana


Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado
Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado
A paixão já passou em minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego em mim
Uma dor triste, um coração cicatrizado
E olha que tentei o meu caminho
Mas tudo agora é coisa do passado
Quero respeito e sempre ter alguém
Que me entenda e fique sempre a meu lado
Mas não, não quero estar apaixonado

A paixão quer sangue e corações arruinados
E saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago
E essa escravidão e essa dor não quero mais
Quando acreditei que tudo era um fato consumado
Veio a foice e jogou-te longe
Longe do meu lado

Não estou mais pronto para lágrimas
Podemos ficar juntos e vivermos o futuro, não o passado
Veja o nosso mundo
Eu também sei que dizem
Que não existe amor errado
Mas entenda, não quero estar apaixonado

segunda-feira, outubro 03, 2005

Gestantes, Idosos e Deficientes

Mário Prata


Sábado, supermercado supercheio. Entro para comprar três latinhas de cerveja. Dab, alemã, sem álcool.

Vou para a "fila de até dez", que está emperrada porque a mocinha está fechando uma temporada e, para passar para a outra mocinha, tem de dar baixa não sei em quê. Olho as filas normais. Imensas. Gente com dois carrinhos. Alfaces convivendo com milhares de papéis higiênicos. Lá no fundo, uma fila. Só um velhinho.

E a placa, em cima: gestantes, idosos, deficientes físicos. Dou uma piscada para a mocinha, a mocinha faz um beiço de tudo bem e eu fico ali. Só que chega uma idosa. E gorda e mal-humorada. No que eu me viro para dar o lugar a ela, ela ataca:

— Está grávida, é?

Evidentemente que ela estava a falar comigo e eu não estava grávido. Não tinha nenhum sintoma, até então. Mas a idosa era agressiva e eu resolvi não ceder o lugar para ela. E senti uma certa solidariedade do velhinho que lutava para enxergar o dinheiro dentro da carteira. Fiquei na minha. Mas a idosa estava a fim de briga:

— Idoso, meu senhor?

Eu, ainda calmo:

— Não senhora. Envelhecente.

Ela ficou pensando na palavra, mas acho que não captou o neologismo.

Resolvi olhar as compras dela. Bananas. Milhares, milhões de bananas. E nada mais. E a revista Capricho.

E ela caprichou na terceira estocada:

— Por acaso o senhor é deficiente físico?

E olhou para as minhas pernas que estavam onde sempre estiveram, firmes. Fiz cara de triste:

— Sou. Infelizmente sou deficiente físico.

Ela se abalou:

— Desculpa, eu não havia percebido. É que sempre tem uns malandros, sabe? Uns espertinhos.

Eu fiquei quieto. Ela me cedeu a vez. Coloquei as cervejas em cima da mesa. Mas ela era curiosa:

— De nascença?

— É, sim senhora. Os dentes. Está vendo os meus dentes? São pra frente. Isso é uma deficiência física, não é?

Ela quase chamou o gerente:

— Engraçadinho...

E eu:

— E tem mais: meu fígado é deficiente físico. Está despedaçado. Meu pulmão, não é de hoje. Completamente deficiente. E se a senhora quiser, tenho uma unha encravada fisicamente deficiente.

— Não estou achando a menor graça!..

— E a vista? Está escrito na minha carteira de motorista: deficiente visual! Escuto pouco, minha senhora. Tenho essa deficiência também: auditiva.

— Você é um idiota. Vou falar com o gerente.

E partiu. Paguei a minha conta, estava saindo quando ela chega com o gerente. Ela já havia infernizado o rapazinho, que veio por educação, mesmo. O gerente:

— Por favor, o que está acontecendo?

Eu:

— É essa senhora, seu gerente. Além de idosa, deficiente física!

— Eu? Deficiente física?

— Claro, ou a senhora estava na fila porque é gestante? Que eu saiba, ninguém engravida com bananas. Ainda mais verdes e duras como essas!

Fomos todos para a delegacia. A mulher era delegada aposentada. Desacato à autoridade. Documentos. A mulher era mais jovem do que eu. Bingo! Tava era acabada mesmo! Porque, gestante, não era. Nem idosa.

Devia ser, como eu, deficiente física. E mental.

E o gerente, aproveitou:

— Tem só um detalhe, minha senhora. A senhora não pagou as bananas.

Te poupo do que ela disse para o rapazinho fazer com as bananas duras e verdes

terça-feira, setembro 27, 2005

É a vida II...

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Pra variar tenho uma duvida, por quê quando a gente cresce certas coisas perdem a graça e outras tão sem sentido se tornam tão importantes??



Quando eu era criança datas como Páscoa, Natal e Ano Novo pra mim eram mágicos, mas agora poucas coisas salvam... ainda guardo uma certa simpatia pela páscoa pois nessa data posso me entupir de chocolate sem minha mãe ficar pentelhando, afinal, páscoa é dia de comer chocolate... no natal as coisas complicam, sou obrigada a passar com minha família e lá a única coisa que eles querem é que de meia noite logo o amigo secreto seja revelado e eles possam ir cada um pra tua casa dormir, resultado: tédio total e por fim o ano novo, esse sim continua bom só que agora de outra maneira, festa na casa de um amigo meu até as seis da manhã, mas pelo menos ainda é bom...


Ah claro, como poderia esquecer do meu aniversario?? Bolo, docinho, presente, amigos, musica, festa, brincadeiras...e agora?? Agora, quando alguém lembra de falar parabéns já é lucro, tudo se passa como se fosse um dia qualquer, mas não é, é meu aniversario, PORRA...

E as brigas?? Brigar era legal, a gente saia na porrada e depois de segundos já estávamos brincando de novo, como se nada tivesse acontecido... depois que crescemos as coisas se invertem não brigamos mais, agora só ficam os ressentimentos, ninguém mais sai na porrada, em compensação a amizade demora voltar ao normal, não falamos o que sentimos mas guardamos magoas demais, infelizmente isso faz parte da vida adulta...


E ainda temos as coisas que não tinham importância nenhuma e agora são vitais...


Roupas, por exemplo, na minha época de infância qualquer coisa que eu vestisse estava ótimo, e por que agora escolho tanto?? Tem que ser daquele jeito senão, nada feito...


As marcas são importantes, sempre, como se uma etiqueta fosse fazer A diferença, como se a marca da roupa que você veste, do sapato que calça, do perfume que usa, ou outra coisa qualquer fizesse alguma diferença...


Pessoas pobres ou que não ligam pra esse tipo de coisas são menos felizes?? Menos capazes?? Menos aceitáveis?? Não, não são, e por que fazemos diferença?? Mas isso não é a vida adulta, é o consumismo, isso podemos evitar, nos livrar, a questão é que apesar de concordarmos que isso é ruim, não queremos acabar com ele...falar é bem mais fácil que fazer...


O ponto mais infeliz disso tudo é que estamos nos tornando “consumistas” cada vez mais cedo, me espanto ao ver crianças escolhendo roupas em loja, escolhendo o que querem e o que não querem e o que me espanta mais ainda: os pais deixam, como se fosse a coisa mais normal do mundo... isso é normal pra você?? Desculpa mas pra mim não...


Já dizia Lulu:


“E assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade...”

sexta-feira, setembro 23, 2005

É a vida...

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Chega a ser triste, mas é sempre assim...


Eu adoro escrever, (mesmo que os textos nem sejam bons) e sempre que tenho uma boa idéia, de um texto que parece realmente interessante eu olhos pros lados e estou longe de tudo: computador, caneta, caderno, papel de pão, celular, ou qualquer outra coisa que eu possa anotar....é terrível


Hoje pela manhã, eu estava saindo de casa, tive uma idéia que parecia ser ótima, e mais uma vez estava longe de tudo e atrasada demais para voltar...


E agora me sento na frente do PC e adivinha?? Não lembro de nada, nadinha não consigo pensar em nada que valha a pena ser postado...


Resultado: mais um dia sem atualizar, eu não gosto disso, todo mundo atualiza, menos eu, aff...


Enquanto não lembro de algo que valha a pena ser postado, vai ser esta reclamação mesmo...

quinta-feira, setembro 15, 2005

Abismo

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De olhos fechados, a beira do abismo
Sentia um vento gelado na face
Resolveu, então, dar um passo à frente
E caiu,
Caiu ,
Caiu,
Caiu,
Caiu,
Caiu,
Quando, já no meio da queda, resolveu abrir os olhos
Viu que aquilo, na verdade, não era o que ele queria
Seus verdadeiros desejos haviam ficado no alto da montanha
Talvez, junto daquela árvore e agora tudo que tinha deles
Eram fragmentos, as folhas da árvore que trazia nas mãos,
Mas isso não é vida real, ele pode muito bem parar tudo como está
Voltar pra trás como se nada tivesse acontecido, mas
Nem aqui as coisas são simples, mesmo que ele não caia
Feridas se abriram, e as cicatrizes serão inevitáveis
Claro que se ele não chegar ao solo elas serão bem menores
Mas só pra ele
A pessoa que está lá embaixo esperando por ele de braços abertos
Se machucará bem mais com esse vazio
Com a falta do que pegar
E ele como sempre não quer voltar para não machucar o outro
É sempre assim, pensando mais nos outros do que nele mesmo
Ele queria poder pensar mais em si e mandar os outros pro inferno,
Mas não consegue
É provável que seja infeliz pelo resto da vida
Mas não fará nada que machuque o outro,
Ou quando fizer, fará de forma tão repentina
Que acabará se machucando mais do que a própria “vítima”



“Nada é fácil, nada é certo
Não façamos do amor algo desonesto
Quero ser prudente e sempre ser correto
Quero ser constante e sempre tentar ser sincero
(...)

E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar
Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais

Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente nem é verdade”