Com dezembro a chegar e as mesas de jogo a aquecerem as noites mais frias, a BLAM! partilhou uma mensagem de final de ano que transborda entusiasmo — e razões para isso não faltam. Entre o sucesso inesperado de Moonshine, novos lançamentos no horizonte e clássicos a regressar em força, a editora francesa parece terminar 2025 no melhor tom possível.
O grande protagonista do momento é claramente Moonshine. A receção ao jogo superou todas as expectativas da editora, com uma avalanche de opiniões positivas, fotografias, stories e relatos de noites animadas à volta da mesa. E percebe-se porquê: Moonshine combina estratégia acessível com uma forte componente temática, colocando os jogadores na pele de gestores de um bar clandestino durante a Lei Seca. Produzir, otimizar e ultrapassar a concorrência num ambiente retro anos 20, com muito jazz à mistura, é uma fórmula que está claramente a resultar.

Mas a BLAM! não vive apenas do presente e já olha para o início de 2026 com entusiasmo. Uma das grandes novidades anunciadas é Mozaïk, com lançamento previsto para fevereiro, a tempo do Festival Internacional dos Jogos de Cannes. Trata-se de um jogo de associação e intuição, onde imagens poéticas e palavras evocativas se combinam para criar composições artísticas coerentes. O grande destaque vai para a componente visual: 33 artistas participaram na ilustração das cartas, dando ao jogo uma identidade gráfica única que promete chamar imediatamente a atenção na mesa.

E para quem gosta de revisitar clássicos, há também boas notícias. Celestia regressa numa Big Box pensada para se tornar presença habitual nas noites de jogo em família. Esta edição reúne o jogo base, todas as expansões, belíssimos aeróstatos em 3D, mais material e ainda mais rejogabilidade. É, essencialmente, toda a aventura de Celestia condensada numa única caixa, pronta para novas viagens cheias de risco, bluff e decisões ousadas.

A mensagem da BLAM! termina com um agradecimento sentido à comunidade — e é difícil não notar o tom genuíno. Fotografias, feedback, mensagens e partilhas são apresentados como parte essencial do crescimento da editora, que continua a apostar em jogos com identidade forte e apelo emocional.
Se este final de 2025 é um indicador do que aí vem, então 2026 promete ser mais um ano muito interessante para acompanhar o catálogo da BLAM!. Que venham mais boas partidas.
À medida que 2025 se aproxima do fim, a Deep Print Games aproveitou para olhar para trás e agradecer à comunidade. E, lendo o balanço que partilharam, fica claro que foi um ano particularmente intenso — daqueles em que parece que tudo acontece ao mesmo tempo.
Para começar, os números impressionam: seis jogos novos e ainda uma expansão lançados num só ano. Para qualquer editora, especialmente numa indústria cada vez mais competitiva, isto não é coisa pouca. A editora marcou também presença em vários momentos importantes do calendário lúdico, com destaque para o evento de imprensa na BerlinCon, onde criadores de conteúdos e jornalistas puderam experimentar em primeira mão as novidades do catálogo.
Um dos grandes destaques do ano foi Deckers, que chegou ao 3.º lugar da Hotness List do BoardGameGeek e se manteve durante bastante tempo no Top 10. Para quem acompanha o pulso da comunidade, este tipo de visibilidade é sempre um bom indicador do interesse e entusiasmo que um jogo está a gerar.
Mas nem tudo se resumiu a feiras e rankings. Um dos momentos mais curiosos (e, diria, simbólicos) do ano foi a apresentação de Rival Cities num antigo mosteiro, em Lübeck, no âmbito do evento Boardgaming im Beichthaus, dedicado a jogos de temática medieval. A ideia de jogar num espaço histórico, pensado para uma experiência mais profunda e contextualizada, mostra bem a vontade da editora em explorar novas formas de dar vida aos seus jogos.

Como não podia deixar de ser, a SPIEL em Essen voltou a ser o ponto alto do ano. Desta vez, com um significado ainda maior: em conjunto com a comunidade, a Deep Print Games conseguiu angariar 1.055,38 € para o lar infantil Sternenbrücke, em Hamburgo. A iniciativa, associada à obtenção de uma promo de Ghostbumpers mediante donativo livre, revelou-se um enorme sucesso e é daqueles exemplos que mostram o lado mais humano do hobby.

Para além dos grandes eventos, a editora fez questão de destacar algo menos visível, mas igualmente importante: os encontros mensais da equipa no café Würfel & Zucker, em Hamburgo. É nestes momentos mais informais que muitas ideias ganham forma, e nota-se o apreço da equipa por este espaço de partilha e trabalho contínuo.

E o futuro? A Deep Print Games não esconde o entusiasmo pelo que aí vem. Em 2026, a editora voltará a marcar presença em eventos-chave como a Spielwarenmesse em Nuremberga, a BerlinCon e, claro, a SPIEL em Essen, sem esquecer muitos encontros de menor dimensão. Quanto aos jogos, as pistas deixadas são propositadamente vagas, mas apetecíveis: títulos para jogadores mais exigentes, viagens por diferentes países e reinos, decisões precisas… e talvez até algum conforto inesperado. Um detalhe curioso fica no ar: serão mais de quatro jogos.

Para quem, durante as festas, não consegue reunir um grupo à mesa, a editora lembrou ainda que vários dos seus jogos estão disponíveis em formato digital, como Beer & Bread no Board Game Arena, Rival Cities no Game Park e Skymines no Yucata — uma excelente alternativa para não deixar o hobby em pausa.
No final, a mensagem é clara: depois de um ano tudo menos calmo, a Deep Print Games deseja um 2026 mais tranquilo, mas sem perder o entusiasmo criativo. E, pelo que foi partilhado, vale mesmo a pena ficar atento aos próximos anúncios.
A Burnt Island Games fez recentemente um balanço do seu ano e, honestamente, é daqueles casos em que a expressão “ano em grande” não é exagero. Entre prémios, expansões muito aguardadas e anúncios para o futuro, há aqui muito para comentar.
O grande momento de 2025 foi claramente Endeavor: Deep Sea. O jogo venceu o prémio Kennerspiele des Jahres, em julho, e mesmo para quem acompanha o hobby há algum tempo, continua a ser impressionante ver um projeto assumidamente feito por paixão chegar a este nível de reconhecimento. Não é um prémio qualquer, e diz muito sobre o impacto que o jogo teve junto do público mais exigente.

Como se isso não bastasse, o universo de Endeavor: Deep Sea continuou a crescer com a chegada de Uncharted Waters, a primeira expansão do jogo. A campanha no Kickstarter foi um sucesso (sem grandes surpresas, diga-se), e a promessa de novas missões e tabuleiros oceânicos deixa antever ainda muitas horas de exploração pela frente. Para quem gosta de edições mais completas, fica o aviso: a versão Deluxe do Kickstarter ainda está disponível, mas só por mais uma semana.

Outro lançamento que merece destaque é How to Save a World, apresentado na feira Origins. Um jogo sobre salvar um planeta à beira da destruição nunca é um tema leve, mas aqui surge embrulhado numa combinação interessante de colocação de trabalhadores e gestão de cartas. As escolhas são tudo menos triviais: construir um laser gigante, levantar um escudo de energia ou simplesmente aceitar que a evacuação é a única solução. O jogo está esgotado há algum tempo, o que diz bastante sobre o interesse que gerou, mas deverá regressar às lojas especializadas no próximo ano.

E se 2025 já foi forte, a editora deixou claro que está a olhar em frente. Para 2026, foi anunciada uma nova linha de jogos em caixa pequena, algo que pessoalmente acho uma excelente notícia. Jogos mais compactos, acessíveis, mas ainda assim com decisões estratégicas interessantes, fazem cada vez mais falta nas prateleiras. O primeiro título revelado é Treeline, de Christopher Chan, que nos coloca no papel de clãs da floresta a tentar recuperar territórios dominados por cidades e castelos. O tema é apelativo, e a promessa de profundidade estratégica num formato mais contido deixa-me bastante curioso.

Em resumo, a Burnt Island Games parece estar numa fase de grande confiança criativa. Se mantiverem este equilíbrio entre ambição, identidade temática e boas decisões de design, 2026 tem tudo para ser mais um ano a acompanhar de perto.
Trench no BGA
O jogo de Rui Alípio Moreira e que teve as primeiras aparições públicas na RiaCON 2011, chega agora à plataforma digital BGA.
Trench é um jogo que muito associam ao xadrez, por também usar um tabuleiro axadrezado e ter peças que têm movimentos diferentes, ganha agora uma visibilidade mundial incrível pois poderá ser jogado por quem o quiser fazer, de forma gratuita.

Quem quiser experimentar poderá fazê-lo AQUI.
Classificação final da Fairplay – Essen 2025
A revista de jogos de tabuleiro alemã organiza todos os anos uma campanha de auscultação dos participantes na feira de Essen relativamente às suas preferências.
Este escalonamento das preferências tem vindo a evoluir e neste momento está dividida em duas categorias: os jogos infantis e familiares preferidos e os jogos estratégicos preferidos.
Na categoria de Infantis e familiares, os três jogos preferidos foram: Boss Figthers, Map Masters e Rebirth.
Já na categoria de jogos estratégicos a classificação ficou organizada da seguinte forma: Compile, Last Droids e 1ers Contacts.
À la carte 2025
Há já alguns anos a esta parte que a revista alemã Fairplay atribui o prémio À la carte, ao melhor jogo de cartas do ano. Entre os laureados constam nomes como Forest Shuffle, 7 Wonders Duel, Dominion entre inúmeros outros.

Este ano a classificação final atribuiu o prémio a Château Combo de Grégory Grard e Mathieu Roussel editado originalmente pela Catch Up Games.
Os jogos que ficaram no pódio este ano foram: Faraway , no segundo lugar e The Gang, no terceiro lugar. Mereceram ainda destaque os seguintes jogos: Fishing, Flip 7, Agent Avenue, Duck & Cover, 3 Chapters, Zenith e The Lord of the Rings: Duel for Middle-earth.
A página da revista alemã pode ser consultada AQUI.
JUG 2025 – Vencedores
É com enorme alegria que anunciamos os vencedores do Prémio JUG 2025!
Celebramos o talento, a criatividade e a dedicação, de várias editoras, criativos e artistas gráficos!
Parabéns a todos os vencedores — e um grande obrigado a quem participou, apoiou e fez parte desta jornada incrível!
Fiquem por aí… porque já estão a chegar novidades para 2026!
JUG 2025…

S.E.T.I. – Search for Extraterrestrial Intelligence da editora CGE autoria de Tomáš Holek.
JUGuinho 2025…

Harmonies da editora Libellud autoria de Johan Benvenuto.
Novidades Zoch Verlag 2025
A editora alemã Zoch Verlag conhecida por editar jogos com muito boa qualidade de materiais onde se destacam best sellers como Tobago, Menara, Cocoricó ou Fantasma Blitz, traz-nos este ano para a feira de Essen várias propostas, das quais destacamos: Über den Wolken e Käpt’n Memo.
Em Über den Wolken rume para sul neste jogo de estratégia de 45 minutos para 2 a 4 jogadores com 10 anos ou mais. Cada jogador deve manobrar os seus pássaros para as melhores posições iniciais para a longa viagem que os espera. O jogador que marcar mais pontos através do pensamento tático ganha o jogo.

Todos os pontos no tabuleiro são disputados de forma feroz, com alguns a oferecerem melhores rotas de voo. Os jogadores devem posicionar os seus pássaros machos e fêmeas para garantir que partem da primeira fila no momento certo.
O facto de os pares arrancarem juntos ou em separado pode ser decisivo para o sucesso ou insucesso da sua jornada. E mesmo entre os que começam tarde, ainda há posições lucrativas em disputa, uma vez que os que começam cedo não têm outra oportunidade.
Os eventos no céu são determinados por um fornecimento limitado de dados. Cada ação repetida tem um preço mais elevado, o que significa que os jogadores devem considerar não só qual a ação a tomar, mas também se ainda é acessível. Para se manter à frente do grupo, cada jogador deve planear estrategicamente e utilizar os seus recursos com cuidado.
Já em Käpt’n Memo somos todos chamados a bordo! O Capitão Memo está ao leme. Cada jogador tem a hipótese de ser capitão, o que significa que cada manobra será certamente recordada – para o bem e para o mal.
Concebido para 2 a 5 pessoas com 8 anos ou mais, este jogo com a temática naval leva os jogadores numa viagem pelo Mar de Memo, representado como uma grelha no tabuleiro. Abaixo das peças, existem baús de tesouro à espera de serem descobertas, rubis para colecionar e telescópios que permitem aos jogadores espreitar para além do horizonte. No entanto, o mar é também um local perigoso: recifes, lulas gigantes, piratas e remoinhos podem terminar uma viagem num instante.

Para encher o seu baú de tesouro com achados preciosos, os jogadores precisam de uma bússola interna
firme.
A cada turno, o comandante define o rumo da viagem do grupo. Se o capitão conseguir encontrar cinco baús de tesouro durante a viagem, todos os jogadores beneficiam e acompanham o capitão como marinheiros. No entanto, se o capitão navegar em direção ao perigo, os marinheiros espertos podem abandonar o navio – ou até mesmo convocar um motim. E se o navio afundar, os jogadores que permaneceram a bordo durante muito tempo saem de mãos a abanar.
Esta divertida aventura de navegação demora cerca de 20 minutos a ser jogada e foi desenhada por Tobias Tesar, com ilustrações apelativas de Felix Wermke.
Ludonaute encerra atividade
A editora francesa de títulos com Colt Express, Lewis and Clark ou Living Forest, anunciou por estes dias que vai encerrar portas.

Através de um comunicado em formato de vídeo, e também escrito, o responsável pela editora francesa, Cédric, informa que vai parar a produção de novos jogos, sobretudo por uma questão ideológica de sobreprodução de jogos de tabuleiro mundial, mas também por entender que a conjetura económica a curto prazo tenderá, quanto a ele, a contrair.

A pequena editora colecionou sucessos de vendas no seu catálogo, e vendeu recentemente as chancelas do três jogos supracitados à Tycoon. Para já a editora lançará Arigato e Limit, final de setembro e de outubro respetivamente, e depois parará de ser um produtor ativo de novos títulos!
Antiques
Finalmente chegou o grande dia! Como representante de uma família prestigiada de curadores de arte com gerações de gosto refinado, a tua missão é adquirir as peças mais requintadas em leilão. Vais criar coleções irreverentes que desafiam os limites artísticos, levando a exposições temporárias nos museus mais conceituados do mundo.
Mas tem cuidado, pois não és o único com este objetivo! Outras famílias notáveis também competem por negócios com artistas, galerias e museus. No mundo das artes, oportunidades de ouro podem desvanecer num piscar de olhos, e apenas os curadores mais decisivos vão prevalecer.
Em Antiques, assumes o papel de um curador de museu a competir para te tornares o dono da galeria de arte mais prestigiada. Através de licitações estratégicas e da organização cuidadosa de coleções, vais criar exposições temporárias em museus conceituados e galerias internacionais para exibir peças requintadas.
Antiques é jogado em turnos sequenciais à volta da mesa até alguém completar o número necessário de exposições temporárias em museus, que é baseado no número de jogadores. Após a pontuação final, o curador com mais pontos de vitória vence.
Antiques é um jogo de Fábio Lima com ilustração de Pedro A. Alberto para 1 a 4 jogadores com mais de 10 anos e com uma duração aproximada de 45 a 60 minutos que vai ser lançado em Essen pela Pythagoras.
As regras do jogo em português podem ser consultadas AQUI.







