domingo, janeiro 13

Liga Portuguesa
Demolidor

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Foi um FC Porto absolutamente demolidor aquele que ontem, no Dragão, goleou o Sp. de Braga, por quatro golos sem resposta.

Depois de um encontro com a Naval em que se receou por novo adormecimento dos dragões no regresso após a pausa natalícia, o jogo de ontem pareceu afirmar precisamente o contrário.

Image Com Tarik na CAN, Jesualdo Ferreira optou por colocar Adriano na frente de ataque, deslocando Lisandro para a ala direita. Pelo menos no papel, porque na dinâmica ofensiva da equipa verificou-se uma constante flutuação do tridente atacante, trocando constantemente de posições e obrigando a defesa bracarense a esforços extra. Mesmo o aparentemente menos móvel Adriano, que não fez um grande jogo, sendo talvez o elemento mais apagado da equipa, conseguiu ocupar bem os espaços laterais, demonstrando a habitual garra e capacidade de luta, que o fez descer pelo flanco, marcando o lateral adversário e recuperando algumas bolas.

Não tivesse a opção de Jesualdo no escalonamento da equipa sido a melhor (como creio que foi), a verdade é que quando ainda muita gente entrava no estádio e já Lisandro facilitava as contas, inaugurando o marcador, após passe de Bosingwa, que tinha roubado a Miguelito em zona proibida.
E este terá sido um daqueles jogos que constarão nos livros para justificar a importância de entrar bem no encontro e marcar cedo. O FC Porto moralizou-se ainda mais após o golo, mandando totalmente no encontro e o Sp. Braga não conseguiu libertar-se da forte pressão dos da casa, não conseguindo desenvolver o seu jogo.
Assim, foi com alguma naturalidade que Raúl Meireles fez o segundo golo, após magistral passe de Lucho, numa altura em que os azuis e brancos roçavam momentos de brilhantismo no seu futebol.

Depois do segundo golo verificou-se, com naturalidade, uma diminuição da velocidade do jogo dos dragões, que passaram a controlar mais as operações, gerindo o esforço e o resultado, descansando com bola, à boa maneira do "Porto de Mourinho".

Na segunda metade, o FC Porto, embora menos incisivo que na primeira metade, entrou bem, continuando a controlar as operações, embora os arsenalistas, mais libertos, tenham subido de produção e tenham tentado fazer o golo que os colocasse de novo na discussão do resultado, o que quase conseguiu com Linz a falhar na cara de Hélton.

Aqui a primeira crítica a Jesualdo. O treinador dos dragões manteve o mesmo onze em campo durante demasiado tempo. Com o jogo controlado, como estava, com Adriano esgotado, como estava desde pouco depois dos 60 minutos, não se justificava insistir nos mesmos jogadores, quando no banco estavam jogadores a necessitar de minutos de competição, desde logo Farías e Bolatti.

Contudo, Jesualdo só mexeu na equipa à entrada dos últimos dez minutos, e com resultados muito positivos. Farías entrou muito bem em campo, a tempo de fazer uma assistência para Lisandro marcar o terceiro golo, e, aproveitando um roubo de bola de Lucho ainda na zona defensiva bracrense, marcar ele próprio o quarto golo, já nos descontos, quebrando um sempre preocupante jejum para qualquer avançado.

Contas feitas, o FC Porto voltou a aproveitar o empate do Benfica, aumentando a vantagem no topo da classificação para 11 pontos, e seguindo firme no caminho para o tri-campeonato.
Talvez mais importante do que aumento da vantagem terá sido a exibição demolidora. Não creio estar a exagerar quando considero que este terá sido talvez o melhor FC Porto desta época, conseguindo afastar o fantasma do mau reinício de campeonato após a pausa natalícia.

Tudo muito bem encaminhado para mais um título, parecendo claro que o maior adversário do FC Porto nesta liga será o próprio FC Porto, pelo que se a atitude e concentração da equipa for qualquer coisa semelhante ao que se viu ontem no Dragão então os adeptos dos azuis e brancos, bem como os seus jogadores não estarão a ser arrogantes quando sentirem que têm tudo para conquistar o título. Não estarão a ser mais do que realistas.

Image Destaques:

+

FC Porto
: torna-se quase impossível distinguir o jogador em destaque neste FC Porto.
Hélton
esteve mais uma vez seguríssimo, correspondendo com qualidade nas poucas vezes que foi chamado a intervir.
Bosingwa foi mais uma vez brilhante pela direita, bem a defensar, extraordinário a atacar, com uma velocidade alucinante, registou uma assistência para golo.
Cech continua a ser o ponto mais fraco da defesa, não sendo exuberante no apoio ataque, ainda assim cumpriu defensivamente, fechando o lado esquerdo.
Pedro Emanuel continua a mostrar toda a sua experiência, é uma voz de comando muito importante na equipa, algo que às vezes é mais importante do que frescura nas pernas.
Bruno Alves voltou a mostrar porque é hoje um dos melhores centrais europeus. Imperial no jogo aéreo.
Paulo Assunção continua a ser um dos elementos mais importantes desta equipa, fundamental no equilíbrio defensivo e revelando nos últimos jogos uma maior apetência para integrar as operações ofensivas.
Raúl Meireles foi de novo muito importante no meio-campo, ganhando muitas bolas, fazendo o trabalho "chato" de correr muito e mais uma vez marcou, o que para um jogador da sua posição é sempre de assinalar.
Lucho foi imperial. Um jogador fabuloso, do qual começam a faltar adjectivos. Duas assistências para golo, para além de ter pautado todo o jogo ofensivo dos dragões.
Quaresma apesar de não ter estado muito inspirado, conseguiu ainda assim fazer um jogo positivo. Alguns pormenores brilhantes, daqueles que fazem os adeptos pagarem bilhete para ir ver os jogos ao estádio. para além disso um jogo esforçado. Ontem não foi necessários ser ele a decidir.
Lisandro fez mais dos golos, mesmo mais afastado do centro do ataque voltou a ser mortífero. Cansa vê-lo jogar. Não pára, sempre em luta pela bola, um jogador fundamental neste FC Porto.
Adriano não fez um grande jogo. Talvez o elemento mais apagado da equipa. Ainda assim mostrou-se muito disponível para correr e lutar, deslocando-se muitas vezes para as alas, permitindo a entrada de Lisandro. Estava esgotado desde os 60 minutos, saindo apenas depois dos 80.
Farías em pouco mais de dez minutos em campo fez uma assistência e marcou um golo. Pode ser o despertar de um goleador. Um jogador que mostra pormenores, nomeadamente jogando de costas para a baliza, de craque.
Mariano e Bolatti jogaram poucos minutos, sem nada de especial a assinalar.

Foto: Associated Press

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Filipe Queirós @ 13:44

sábado, dezembro 22

Liga Portuguesa
FC Porto sofre primeira derrota

Sabor amargo no último jogo do ano do campeão FC Porto. Na deslocação ao terreno do Nacional a equipa de Jesualdo Ferreira sofreu a primeira derrota na Liga e viu a vantagem na liderança voltar aos, ainda assim confortáveis, sete pontos.

ImageCom as ausências de Quaresma (castigado) e Tarik (lesionado), previa-se dificuldades para os dragões no sempre complicado reduto do Nacional da Madeira. Olhando para o onze inicial e descobrindo que os substitutos dos dois alas ausentes seriam Mariano Gonzalez e Hélder Postiga mais preocupada terá ficado a maioria dos adeptos portistas.
De facto, Mariano tarda a mostrar as qualidades que lhe eram atribuídas e é claramente um elemento descoordenado com a restante equipa, correndo muito, mas quase sempre mal, nunca encontrando a posição exacta onde actuar e nunca conseguindo ligar-se com os companheiros. Por sua vez, Postiga continua fora de forma e é, claramente, um jogar com níveis de confiança muito reduzidos. Se as coisas não começam, logo de início, a sair-lhe bem é o próprio Postiga que entra em rota de colisão consigo mesmo, desaparecendo do jogo ou intervindo de forma disparatada, como no lance que acabaria por resultar no único golo da partida, um grande golo de Lipatin.

Ainda assim o FC Porto esteve sempre por cima no jogo, com um controlo territorial quase natural e apesar de nunca criar flagrantes oportunidades de golo (Lisandro esteve desinspirado desta vez) mantinha as operações controladas, face a um Nacional muito pouco atrevido no ataque.
Contudo, o controlo do encontro não significou um futebol bem jogado, pelo contrário. Os dragões jogaram lento, sem imaginação, num futebol muito mastigado e previsível.

A opção táctica de Jesualdo de colocar Postiga como falso ala direito, encostando o avançado português a Lisandro e exigindo a Bosingwa que se ocupasse das despesas ofensivas do flanco, não resultou. Apesar do esforço de Bosingwa e algumas boas investidas suas pelo corredor, Postiga pareceu sempre perdido, acabando por não ser nunca um ala nem um segundo avançado. Acrescia a isto que a equipa não conseguia criar desiquilibrios pela outra ala, onde Mariano não era solução para romper a sólida defesa dos da casa.
Também o meio-campo não funcionou como em jogos anteriores, apesar do esforço de Lucho, o melhor de um sector em que Assunção cumpriu sem brilhantismo e Meireles esteve muito apagado.

Após a tal perda de bola infantil de Postiga que originou o golo adversário, Jesualdo recorreu ao banco para tentar mudar o rumo do encontro as nem Adriano, nem Leandro Lima e mais tarde já em desespero Kaz conseguiram alterar o resultado.
Na primeira vez que se apanhou a perder na Liga os dragões não mostraram argumentos para dar a volta ao resultado, notando-se uma clara falta de poderio de fogo no banco, constituído por jogadores que têm jogado muito pouco, com clara falta de ritmo e de confiança.

Notaram-se demasiado as ausências de Quaresma e Tarik, algo que não deveria acontecer numa equipa com a qualidade da do FC Porto. A verdade é que Jesualdo não tem feito a melhor gestão do plantel, não conseguindo motivar os jogadores menos utilizados e sofrendo as consequências quando recorre, por opção (como no jogo da Taça da Liga por exemplo) ou necessidade (como no jogo de ontem), aos jogadores que não fazem parte do núcleo duro dos 12 ou 13 atletas mais utilizados.

A pausa do fim do ano, que antecede também a reabertura do mercado, surge como a melhor conselheira para sanar estas deficiências na engrenagem da máquina azul e branca.
Ainda assim, não se pode dramatizar e não é uma derrota que irá fazer cair todos os elogios já feitos, com toda a justiça a este FC Porto. Apesar da derrota a vantagem no topo da Liga é de sete pontos para o segundo, os mesmos sete pontos que, depois do jogo da Luz, fizeram manchetes em quase todos os jornais como suficientes para "acabar com a discussão" do título.
O FC Porto terá, isso sim, que evitar facilitismos e faltas de concentração, optimizando os recursos de que dispõe, que são, quase todos, de qualidade muito acima da média, e encarar o próximo ano com um sorriso nos lábios, enfrentando de cabeça erguida os confrontos para a Liga, Taça de Portugal e Liga dos Campeões.

Image Destaques:

+

Diego Benaglio:
o guardião do Nacional foi o melhor jogador em campo. Apesar do FC Porto não ter sido muito incisivo no ataque a verdade é que criou alguns lances de perigo que Diego resolveu sempre bem, começando por aguentar o nulo e depois segurando a vantagem.

Bosingwa: um dos poucos com atitude. Foi o maior dinamizador do futebol a azul e branco no melhor período dos dragões.

-

Mariano: não se compreende a insistência de Jesualdo na aposta no argentino. apesar de não ter sido um dos seus piores jogos com a camisola do FC Porto verdade é que o ala não esteve bem, sendo um elemento à margem da equipa.

Postiga: tal como Mariano não justificou a sua chamada à titularidade. Nunca se encontrou no jogo, aparentando sempre estar algo perdido em campo. Foi de uma perda de bola infantil sua que nasceu o único golo do encontro.

Lentidão do FC Porto: o meio-campo dos dragões nunca conseguir ser dinâmico e imprimir velocidade ao jogo. Perante um adversário tão fechado impunha-se outro tipo de jogo, muito mais rápido e criativo.

Foto: Associated Press

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Filipe Queirós @ 18:21

segunda-feira, dezembro 17

Grandes Craques
Cruijff

Hendrik Johannes Cruijff

B.I

Data Nascimento:
25 Abril 1947
Local de Nascimento: Amesterdão, Holanda
Apelido: "O Salvador"

Nº camisola:
14
Posição: Avançado




Image Como jogador

Cruijff jogou pelo Ajax, FC Barcelona, Los Angeles Aztecs, Washington Diplomats, Levante Union Deportiva, Feyenoord e New York Cosmos. Como jogador, Cruijff ficou conhecido pelo jogo gracioso, reações rápidas, controle da bola, rapidez, aceleração, capacidade de mudar rapidamente de direção e pela disciplina tática. Foi tido como um dos melhores jogadores de futebol do seu tempo, juntamente com Franz Beckenbauer e Pelé, apesar de não ter ganhado qualquer taça com a sua equipe nacional. Como jogador internacional pela Seleção Neerlandesa de Futebol, fez 48 jogos, nos quais marcou 33 gols.

Os destaques da sua carreira como jogador incluem a vitória da Liga dos Campeões da UEFA por três vezes (1971, 1972 e 1973), com o Ajax), o Ballon d'Or (Jogador Europeu do Ano) por três vezes (1971, 1973 e 1974), e o lugar de vice-campeão do mundo na final do campeonato de 1974 (perdeu a final contra a Alemanha, a qual jogava em casa). Em 1978 ele recusou participar no campeonato do mundo na Argentina onde os Países Baixos foram vice-campeões outra vez. Alguns dizem que sua recusa foi um protesto contra a ditadura militar que vigorava na Argentina. Outros acham que sua esposa, Dani Cruyff, o proibiu; na Copa de 1974 na Alemanha jornalistas fotografaram os jogadores holandeses com mulheres alemãs nuas na piscina do hotel. Receosa, Dani teria proibido Cruyff a ir à Argentina. Também é importante saber que já em 1974 o Cruyff anunciou numa entrevista que iria parar de jogar futebol quando fazia 31 anos, e isso foi em abril de 1978.

Em 1979, um ano depois de parar a jogar futebol, o Cruyff tinha perdido todo o seu dinheiro por causa de investimentos ruíns. Por isso ele resolveu voltar aos campos, começando nos Estados Unidos. Em 1979 atuou pelos Los Angeles Aztecs, e um ano depois foi contratado pelos Washington Diplomats. De 1980 a 1981 Cruyff voltou á Holanda e ajudou o técnico de Ajax, Leo Beenhakker, no seu trabalho. Em março e maio de 1981 ele jogou dez vezes para Levante de Espanha, mas o clube não conseguiu pagar o salário de Cruyff, então ele saiu. Depois ele jogou um torneio com o AC Milan, mas se machucou e perdeu também a temporada nos Estados Unidos. Em dezembro de 1981 Cruyff assinou um contrato com o Ajax, como jogador, e ele voltou aos campos Holandeses no jogo contra Haarlem em casa (4-1, primeiro gol de Cruyff). Nas temporadas 1981-1982 e 1982-1983 o Ajax foi campeão holandês, e no último ano também ganhou a Copa Holandês. Por que o Cruyff já tinha 36 anos, o Ajax recusou oferecer ele um novo contrato, e para mostrar que o clube tinha feito um erro, ele assinou um contrato por um ano com o arquerival Feyenoord. Pela primeira vez em 10 anos o Feyenoord foi campeão holandês, e também ganhou a Copa holandês. No dia 13 de maio 1984, 37 anos de idade, o Cruyff jogou o seu último partido no futebol profissional contra PEC Zwolle, e marcou um gol.

Como treinador

Johan Cruijff treinou dois clubes após a sua carreira de jogador: Ajax e Barcelona. Como treinador levou o Ajax à vitória na Recopa Européia em (1987). No Barça conquistou 4 títulos na Liga Espanhola (1991, 1992, 1993 e 1994) e uma Liga dos Campeões da UEFA (1992).

Como pessoa

Cruijff costumava fumar 20 cigarros por dia antes de sofrer de problemas cardíacos, (foi operado ao coração por duas vezes - cirurgia de ponte de safena ou cirurgia bypass) após o que ele deixou de fumar e começou a usar pastilhas para deixar o cigarro. Foi também figura de cartaz de uma campanha anti-fumantes desenvolvida pelo departamento de saúde do governo catalão.

A supertaça neerlandesa recebeu o seu nome: Johan Cruijff-schaal.

Antes do primeiro jogo pelo Barça, já havia conquistado os torcedores do clube ao declarar que escolheu o time catalão em vez dos rivais do Real Madrid pois não poderia jogar em um clube associado ao ditador espanhol, Francisco Franco.

Como homenagem à Catalunha, batizou seu filho de Jordi, a versão local para "Jorge", nome do santo padroeiro da região. Cruijff só pôde "driblar" a proibição de Franco de manifestações culturais das etnias não-espanholas situadas na Espanha, porque registrou seu filho na Holanda, onde este nasceu.

O filho, Jordi Cruijff, aliás, jogou pelo FC Barcelona, Manchester United, Celta Vigo, Alavés, Espanyol, além de jogar pelas seleções da Holanda e da Catalunha, estando atualmente no Metalurh Donets'k, da Ucrânia. Foi treinado pelo pai no Barça.

Citações

Durante a sua carreira, Cruijff também se tornou um fenômeno nacional por causa dos seus comentários, alguns dos quais se destacam pelo brilho e pura lógica. A sua forma de discurso foi chamada de "Cruijffiaans" nos Países Baixos. Alguns exemplos:

* "Os italianos não podem nos vencer, mas nós certamente podemos perder contra eles" ("Italianen kunnen niet van ons winnen, maar we kunnen wel van ze verliezen.")
* "Sem a bola, você não pode ganhar" ("Zonder de bal kun je niet winnen.")
* "A velocidade é frequentemente confundida com o discernimento. Quando eu começo a correr antes dos restantes, pareço ser mais rápido" ("Snelheid wordt vaak verward met inzicht. Als ik eerder ga lopen dan de rest, lijk ik sneller.")
* "Antes que eu faça um erro, eu NÃO FAÇO esse erro" ("Voordat ik een fout maak, maak ik die fout niet.")
* "Toda a desvantagem tem a sua vantagem" ("Elk nadeel heeft z'n voordeel.")
* "Para ganhar você tem de marcar um gol a mais do que o adversário" ("Om te winnen moet je 1 goal meer scoren dan je tegenstander")
* e o seu mais famoso ditado: "o acaso é lógico" ("Toeval is logisch.")
* "Eu não sou religioso. Na Espanha, todos os 22 jogadores fazem o sinal da cruz antes de entrar no campo. Se funcionasse,sempre seria um empate." (Ik geloof niet. In Spanje slaan alle 22 spelers een kruisje voordat ze het veld opkomen, als het werkt, zal het dus altijd een gelijkspel worden.)

Biografia retirada de wikipedia.org
Foto: Google Images Search


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Filipe Queirós @ 15:03

domingo, dezembro 16

Campeonato do Mundo de Clubes
Milan conquista título

Terminou na manhã de hoje (noite no Japão) mais uma edição do Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA com a vitória do Campeão Europeu AC Milan sobre o Boca Juniors.

A equipa italiana saiu na frente do marcador com um golo de Inzaghi, a passe de Kaká mas os argentinos responderam ao golo sofrido e conseguiram igualar a partida ainda antes do intervalo com um golo de Rodrigo Palacio.

Image No entanto foi a segunda parte do encontro que revelou o verdadeiro Milan de Ancelotti, jogando muito bem, controlando o encontro e sendo exímio no aproveitamento dos espaços concedidos pela defesa do Boca. Com Kaká em grande nível, Nesta adiantou os milaneses no marcador. Depois foi jogar como o Milan gosta, aproveitando os espaços com uma eficácia notável. Kaká e de novo Inzaghi aumentaram os números até ao 4-1, tendo havido ainda tempo para leve reacção do Boca, que conseguiu reduzir com um auto-golo de Ambrosini, fixando o resultado final.

Assim, os rossoneri sucedem ao Internacional de Porto Alegre no topo do Mundo do futebol de clubes.

Numa prova que substituiu a Taça Intercontinental mas que demora a convencer quanto ao formato utilizado, visto que no final de contas tudo está estruturado para que na final se encontrem o campeão da Europa e o da América do Sul, juntando-se uma série preliminar de jogos apenas "para japonês ver".
No momento actual do futebol, com um calendário tão sobrecarregado creio que se poderiam rever os pressupostos desta competição, simplificando-a, voltando ao modelo da antiga Intercontinental ou tornando-a mais atractiva, uma vez que a aioria dos jogos disputados no âmbito desta competição têm poucos pergaminhos de um verdadeiro Mundial de Clubes.

Foto: Reuters

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Filipe Queirós @ 13:51

Liga Portuguesa
FC Porto mais primeiro

Mais um grande jogo de futebol no Estádio do Dragão com a recepção do líder FC Porto ao terceiro classificado Vitória de Guimarães, uma das agradáveis surpresas desta edição da Bwin Liga.

Cajuda
tinha prometido jogar cara a cara com o FC Porto e não mentiu! O Vitória entrou desinibido e a tentar equilibrar o jogo, num terreno onde muito poucos se atrevem a tentar assumir o jogo. No entanto, os visitantes foram aos poucos pagando a factura da sua atitude audaciosa, pois o FC Porto foi tomando conta das operações e aproveitando, como equipa experiente e madura que é, os erros dos visitantes para criar oportunidades que punham em sentido a defesa vimaranense.

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Foram flagrante exemplo disso os golos falhados por Quaresma, este com a baliza completamente deserta, e Tarik, que poderiam ter dado, desde logo, outra tranquilidade aos dragões. Mas isso não aconteceu e quem ganhou foi o espectáculo, com maior intensidade de jogo e emotividade.

Do FC Porto da primeira parte tenho que destacar Lucho González que fez um dos melhores jogos dos últimos tempos, excelente a pautar o jogo da equipa, a sair para o ataque, a servir os companheiros e com pormenores individuais de classe! O Lucho que encantou o Dragão parece de volta e só espero que os problemas físicos não atrapalhem a subida de forma que o FC Porto tanto necessita, visto que o jogo da equipa com El Comandante em forma tem outra classe.

Na segunda metade o Vitória atravessou os seus melhores momentos nos dez minutos iniciais, criando situações de apuro para defesa portista, com Alan a sobressair no ataque vimaranense, mas foi o FC Porto, demonstrando uma eficácia e um "cinismo" "à italiana", quem se adiantou no marcador com um golo de Tarik, a culminar uma óptima assistência de Raúl Meireles.

Este golo foi um verdadeiro "soco no estômago" do Vitória que não conseguiu reagir devidamente, apesar das tentativas de Cajuda através do banco, o balanceamento ofensivo dos visitantes abria brechas na sua defesa, que os azuis e brancos acabaram por aproveitar com mais um golo do inevitável Lisandro.

Até ao final Jesualdo geriu o esforço da equipa, refrescando o meio campo com as saídas de Raúl Meireles e Lucho e o Vitória conseguiu um ascendente mais efectivo frente a este meio campo menos rotinado dos dragões, com um Bolatti ainda a adaptar-se ao futebol europeu e um Mariano Gonzalez em quem Jesualdo continua insistentemente a apostar mas que tarda em demonstrar qualidades.

Com esta vitória o FC Porto aumentou a sua vantagem na frente do Liga para dez pontos, uma marca bastante assinalável com 13 jornadas decorridas. Se os dragões mantiverem o nível e conseguirem fugir à já habitual crise de início de ano então o caminho para o tri poderá estar aberto e o rumo dos azuis e brancos será muito difícil de travar!

Image Destaques:

+

Lucho: como já referi quando está em forma é um jogador fantástico, capaz de pautar o jogo ofensivo como poucos. Notou-se neste jogo a fabulosa capacidade de transição defesa-ataque e o importante preenchimento do espaço que faz em situações de defesa. O patrão do jogo do FC Porto.


Vitória de Guimarães:
se o campeonato português tivesse mais equipas como este Vitória estaria no topo do futebol europeu a nível competitivo. Jogou olhos nos olhos com o FC Porto, perdeu, é certo, mas fazendo um bom jogo e criando mais dificuldades aos dragões que qualquer outra equipa esta época no Dragão.

Lisandro: o avançado argentino justificou de novo porque é o melhor marcador do campeonato. Frieza na altura de aproveitar as oportunidades e uma capacidade de trabalho imensa. Parece que está em todo o lado!

-

Lesão de Tarik:
o marroquino está a atravessar o seu melhor momento desde que chegou ao Dragão, marcando golos, inventando espaços e fazendo a equipa jogar. Numa altura em que Quaresma foi suspenso com o quinto amarelo não seria nada bom para o FC Porto perder o extremo no encontro frente ao Nacional.

5º amarelo de Quaresma:
o "Harry Potter" tem sobre si um estigma de desconfiança de cada vez que vai ao chão. Logo tem que evitar forçar quedas, ainda para mais em lances em que poderia seguir com as jogadas. E mais ainda quando está com quatro cartões amarelos, em risco de suspensão. Pelo sua importância na equipa vai ser uma baixa de peso para o jogo na Madeira.


Foto: Associated Press

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Filipe Queirós @ 00:11

sábado, dezembro 15

Liga Portuguesa
Belenenses derrota Benfica

Uma tarde de muito frio e uma constipação foram motivos para ter de trocar o Estádio do Dragão pelo sofá e pela televisão. Com as naturais desvantagens de perder um jogo de futebol ao vivo surgem as vantagens que se prendem desde logo com a possibilidade de seguir outros encontros que se jogam nas horas próximas dos jogos do FC Porto no seu estádio.

O encontro entre o Benfica e o Belenenses foi precisamente um desses casos, pelo menos no que à primeira parte e aos primeiros 15 minutos da segunda diz respeito.
E se a última meia hora não tiver sido muito diferente do restante jogo a vitória da equipa do restelo parece-me justíssima.

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket O Belenenses entrou muito bem no encontro, jogando de igual para igual com um demasiado na expectativa e muito pouco inspirado. Os da casa conseguiram encostar o Benfica às cordas, carregando sobre a ala direita da defesa encarnada, onde Nélson, ainda que muitas vezes com o apoio de Maxi Pereira, nunca conseguiu travar a avalanche ofensiva e as constantes trocas de jogadores que o Belenenses proporcionava, criando vários lances de perigo.
Apenas a finalização falhava, enquanto do lado contrário Cardozo estava muito desamparado e Rui Costa não conseguia pegar no jogo encarado, com os bem conhecidos efeitos que isso tem no jogo do Benfica.
Apenas a espaços as águias conseguiam criar perigo e equilibrar um pouco o encontro, mas sempre sem assumirem o comando das operações.

No início da segunda metade o Benfica parecia melhor, mas ainda assim o Belenenses jogava taco a taco e parecia mais perigoso.
Depois foi tempo de sintonizar atenções no jogo do Dragão e de ver apenas o grande golo de Weldon que provocou a segunda derrota consecutiva do Benfica e fez aumentar a desvantagem para o líder para dez pontos ao fim de 13 jornadas.

Problemas para Camacho que vê a sua equipa voltar a passar por um mau momento. Esta é mais uma altura em que muito se fala do Benfica, muito acerca de questões laterais que inevitavelmente dão lugar a alguma instabilidade à qual nenhuma equipa consegue ser completamente imune.
Ainda há uma jornada antes da paragem do Natal, que poderá ser muito importante para o resto do campeonato pois se a barreira psicológica dos 10 pontos for aumentada, numa época de reabertura de mercado e de pressão enorme sobre dirigentes e jogadores encarnados, poderá significar muitos problemas para o clube da Luz.

A ver vamos...

Foto: Reuters

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Filipe Queirós @ 23:25

Liga dos Campeões
Ponto de situação

Os últimos posts do blog foram relativos ao início da fase de grupos da Liga dos Campeões, com uma breve análise a cada um dos grupos, acompanhadas das previsões sobre os seus resultados finais!

Neste regresso, atendendo ao facto da primeira fase da competição já ter terminado, nada melhor do que reatar a actividade do blog atando as pontas soltas no que à Champions diz respeito!

Assim, no Grupo A, o grupo do FC Porto, a equipa portuguesa correspondeu às melhores expectativas e conseguiu vencer qualificar-se no primeiro lugar, acompanhado por um Liverpool que entrou mal na competição, mas acabou por conseguir a qualificação com uma recta final demolidora.
A equipa lusa, tendo vencido o grupo, pode ter conseguído melhorar as suas hipóteses de seguir em frente na competição, visto que enfrentará um dos segundos classificados dos outros grupos, o que, pelo menos no papel, constitui uma tarefa mais fácil.
Para além desta luta, num grupo muito competitivo, o Marselha segue para a Taça Uefa, deixando o Besiktas pelo caminho.

O Grupo B, contrariamente ao que seria expectável, o Valência acabou por ser a grande desilusão, ficando de fora das provas europeias. Já o Chelsea cumpriu as suas obrigações e venceu o grupo.
O Rosenborg fez uma fase de grupos muito positiva e esteve muito perto de conseguir a qualificação, sendo no entanto batido pelo Schalke, um dos possíveis adversários dos dragões.

No Grupo C a surpresa foi a qualificação do Olympiakos, logo atrás do Real Madrid, relegando o Werder Bremen para a Taça Uefa. Os gregos conseguiram uma prestação acima do esperado, alcançando os mesmos pontos do Real.
A grande desilusão foi a Lazio, eliminada das competições europeias.

O Grupo D, onde ficou colocado o Benfica, o Milan confirmou o favoritismo que lhe era atribuído e venceu, destacado, o grupo. O Benfica acabou por falhar o objectivo principal, com uma prova abaixo do que poderia fazer. Os escoceses do Celtic surpreenderam ao garantirem o segundo lugar e a correspondente qualificação, relegando os ucranianos do Shakhtar para fora das provas europeias.

No Grupo E o gigante Barcelona cumpriu vencendo o seu grupo, apesar de não se ter exibido aos níveis esperados pela qualidade superior dos seus jogadores.
Para a próxima fase irá acompanhado do Lyon que deu seguimento às prestações de anos recentes, afastando o Rangers para a Taça Uefa. No último lugar, a desilusão do grupo, o Estugarda que fica fora das provas europeias.

O Grupo F, onde figurava o Sporting, o Manchester United e a Roma fizeram valer o favoritismo que lhes era apontado antes da competição começar, não dando hipóteses à equipa portuguesa, que teve que se contentar com a Taça Uefa.
No último lugar, com uma prova muito fraca, ficou o Dínamo de Kiev, sem qualquer ponto conquistado

No Grupo H, mais uma surpresa com a qualificação, no segundo lugar, do Fenerbahçe. Os turcos contrariaram as previsões que os apontavam como a equipa mais fraca do grupo e conseguiram um apuramento histórico.
À sua frente, o Inter venceu o grupo, cumprindo com distinção as suas obrigações, com cinco vitórias e apenas uma derrota.
Para a Taça Uefa segue o PSV, à frente do CSKA que fez uma prova decepcionante.

Por fim, o Grupo H, que acabou por ser o grupo com menos surpresas. Sevilha e Arsenal lutaram pelo primeiro lugar, com vantagem para os espanhóis, não dando quaisquer hipóteses a Slavia e Steaua. Os checos seguem para a Uefa.


*******

Neste ponto da competição sobram 16 equipas que ainda podem sonhar com a final de Moscovo. O sorteio para os oitavos-de-final agrupará os oito primeiros classificados dos grupos, que defrontarão os oito segundos classificados.
Assim:

No pote 1:
FC Porto
Chelsea
Real Madrid
Milan
Barcelona
Man Utd
Inter
Sevilha

No pote 2:
Liverpool
Schalke
Olympiakos
Celtic
Lyon
Roma
Fenerbaçe
Arsenal

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Filipe Queirós @ 18:22

Editorial
Na Bancada Central volta ao activo!

Ao fim de longos meses de uma ausência forçada por razões profissionais, que me roubaram o tempo e a disponibilidade necessárias para continuar a escrever, por estas e outras paragens blogosféricas, o Na Bancada Central está de volta ao activo!

Como de costume no regresso após uma ausência prolongada, porque esta não foi a primeira, não há promessas de regularidade na escrita. Como sempre, o volume e a regularidade dos posts ficam dependentes do tempo, e da motivação necessária para conseguir ultrapassar a falta do primeiro, disponíveis!

Ainda assim o propósito é conseguir voltar a emprestar a este espaço alguma atenção, de forma a tentar manter uma actualização razoável do blog!

Como sempre as visitas e comentários são sempre bem-vindos e fundamentais para dar a este, como a qualquer outro blog, a vitalidade e interesse necessários para a sua evolução!

Saudações desportivas!

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Filipe Queirós @ 18:09

sexta-feira, agosto 31

Liga dos Campeões
Grupo A

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O Grupo A colocou o FC Porto frente a frente com o vice-campeão europeu Liverpool, com o Marselha e com o Besiktas.

O Liverpool é uma equipa muito forte e que parece talhada para as campanhas europeias, mostrando nos últimos anos muito mais sucesso na Champions do que na Premier League. A equipa de Rafa Benitez reforçou-se bastante para esta época contando com um plantel poderoso e jogando para vencer todas as competições que disputa. Não sendo, longe disso, um adversário fácil acaba por não ser também um dos mais complicados do primeiro pote, e creio que o FC Porto tem possibilidades de discutir os jogos com os ingleses.

Os jogos com o Marselha serão um reencontro da caminhada triunfal do FC Porto na época em que foi campeão europeu. Apesar de já poucos jogadores dessa altura restarem em ambas as equipas, os franceses parecem-me num patamar claramente inferior aos dragões, e apesar de se tentar intrometer na luta pela passagem aos oitavos de final, creio que o seu principal objectivo será discutir com os turcos um lugas na Taça Uefa.

Por fim, o Besiktas será o adversário mais fraco do grupo. Apesar de ser uma equipa complicada em casa não parece ter a classe suficiente para incomodar muito o FC Porto no Dragão (onde se exige um vitória).

Realce para os ambientes fantásticos que o FC Porto irá enfrentar nas suas deslocações. No mítico Anfield Road é por demais conhecida a força dos adeptos do Liverpool e do seu fantástico "You'll never walk alone". Em Marselha o ambiente também será vibrantre, assim como na Turquia onde como se sabe os adeptos criaram sempre ambientes infernais.

Resumindo, creio que o FC Porto ficou colocado num grupo acessível em que me parece que irá disputar o primeiro lugar com o Liverpool, equipa com a qual deverá repartir a qualificação. Marselha e Besiktas não parecem ter poderio para lutar por mais do que um lugar na Uefa.

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Filipe Queirós @ 14:00

Liga dos Campeões
Grupo B

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No Grupo B confrontam-se Chelsea, Valência, Schalke 04 e Rosenborg.

O Chelsea parte como favorito para a vitória neste grupo. A equipa de José Mourinho deverá assumir em campo o facto de ser cabeça de série, e perseguirá, de novo, a vitória na competição.
Ditou o sorteio que o Chelsea reencontrasse o Valência, que ultrapassou com muitas dificuldades nos quartos de final da última edição.

A equipa espanhola será o principal candidato a ocupar a outra vaga que dará lugar á passagem à fase seguinte. Também com tradições na competição, o Valência procurará afastar Schalke o4 e Rosenborg e lutar pelo segundo posto.

Os alemães do Schalke 04 surgem como os outsiders deste grupo. À partida, e na teoria, não parecem ter argumentos para afastar Chelsea ou Valência mas procurarão intrometer-se na luta com os dois tubarões.

Por fim, o Rosenborg é claramente a equipa mais frágil do grupo. Terá de aproveitar os jogos em casa para tentar surpreender. Creio que a sua grande luta será com os alemães por um lugar na Taça Uefa.
Acredito que Chelsea e Valência seguirão em frente, com Schalke 04 a ocupar a vaga para a Uefa.

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Filipe Queirós @ 14:00