Relatos de dias incríveis
Friday, August 12, 2011
Monday, May 30, 2011
tantas tantas tantas coisas: mudei de emprego, faço aula de dança contemporânea e balé clássico, corro e tô aprendendo a tricotar. tô apaixonada por semiótica, não gosto de platão, e gosto de deleuze. sofro todo dia pensando neles lá e em mim cá, continuo amando e sendo amada e por isso talvez eu resuma a vida como sendo boa. queria mudar pruma outra casa, um apartamento no coração de curitiba, mas não tenho fiador com imóvel nessa cidade, e portanto resigno-me. o apartamento dos meus sonhos continuará sendo dos meus sonhos. tenho exercitado mais minha personalidade.
Tuesday, April 05, 2011
trilhas sonoras de amor perdidas
domingo à noite fomos, eu e ele, assistir a uma peça que faz parte do circuito do festival de teatro daqui. bendita hora em que o liro resolveu achar massa o título e que decidimos, assim, comprar os ingressos. foi, sem dúvida, a melhor peça a que já assisti em minha vida. como, provavelmente, eu devo ter visto menos de 15 peças na vida, diria que se trata da coisa mais emocionante que vi, incluindo filmes. ele é o liro e ela sou eu. basicamente a gente se viu ali. e choramos muito, muito. essa peça estreou aqui, mas entrará em cartaz em são palo no segundo semestre, talvez com alguns ajustes. a peça durou quase 4 horas. houve quem se cansou, quem foi embora na hora do intervalo. como se tratava de algo muito próximo de nós mesmos, ficamos até o fim querendo mais. não é todo dia que você se vê retratada por aí da maneira mais bela.
gilherme weber e natália lage são atores incríveis, admiráveis... sou só elogios. e a trilha sonora era, claro, a nossa: david bowie, sonic youth, smiths, cure, nirvana, a lista é longa, longa... posto que é necessário muita trilha sonora pra quem vive assim, tão intensamente seus amores.
Sunday, April 03, 2011
da alegria de saber um tiquinho mais
la la la la life goes on...
o cadaumcomseuspobrema.com precisa voltar. calada como tenho andado também é possível se bastar. talvez só queira a recreação que vem da coisa. trocar template, postar fotos bonitas e falar um pouco do cotidiano. talvez no momento eu esteja apenas adiando um trabalho que tenho que entregar até o fim de semana que vem. talvez? quem me conhece que me compre. viver tem me dado um certo trabalho e uma certa satisfação. encontrei coisas legais pra fazer da vida. no mais, continuo a mesma:
- angustiada por sonhar conhecer de tudo muito;
- impotente diante do pior; e refiro-me a algo muito específico.
nem tudo é uma bosta também, vá. nós nos amamos, temos cumplicidade e uma vitrola. o verão acabou, mas foi lindo enquanto durou: trouxe-me dias na praia, um artigo e a maria júlia.
Thursday, October 28, 2010
Tuesday, October 26, 2010
há poucos dias compramos os ingressos para o show que promete ser o melhor de nossa vida, o show do paul mccartney.
é muito bom sentir-se participando do que acontece, vivendo sonhos. passei tanto tempo vendo beleza nas simples coisas da vida, que me desvinculei dos grandes acontecimentos. eles não eram pro meu bico. agora nós vamos!
Thursday, October 21, 2010
do que passou
aqui em casa tá tudo bem. especialmente hoje que faz sol. a porta pra sacada fica aberta, dá pra ouvir os passarinhos e cachorros vizinhos. faz 1 hora e meia que o liro diz que vai levantar daqui a 5 minutinhos. eu tõ aqui em casa desde às 9, após ter chegado de uma aula. colocar umas roupas na máquina, ver emails. cotidiano. eu não tenho o que dizer, e sinto falta de falar bobeirinha mesmo. escrever é bom pra lembrar depois. eu já não me lembro bem do que me aconteceu nesse ano. lembrei de uma coisinha de nada: fiz 30 anos. não teve drama, pois venho me acostumando a essa ideia de envelhecer há bastante tempo, visto que cada aniversário meu foi motivo de melancolia por me ver passando pela vida, envelhecendo, enfim. eu lembro de que não gostei de fazer 13. eu gostava de ser criança, não tinha aquela piração de querer parecer mais velha, ansiando loucamente pelos 18 para tirar a carteira de motorista. não, não... por mim o tempo passava sempre lento, lento... a propósito, até hoje eu não tenho carteira de motorista. o chato de ter 30 anos é que seus pais já estão na terceira idade. minha mãe tá quase lá, e meu pai já está nessa há uns bons anos. isso é triste pra mim. ver o fim deles é ver-me solitária. esse é um ponto tão triste que me põe a abortar o papo.
ah! eu acho que sou uma menina ainda! mas não devo ser. tem gente que me chama de senhora. criança na rua pede, "tem moedinha pá ajudá, tia?", em outros tempos me tratariam por moça.
mas, reafirmando o início, tá tudo bem. tá tudo bem aqui em casa.
acho que volto logo.
praticando, praticando...
eu realmente não gostaria de perder a oportunidade de ver o paul mccartney. hoje é o último dia para a compra de ingressos.
é pra praticar a resignação.
é pra praticar a resignação.
Wednesday, January 20, 2010
Sunday, January 10, 2010

eu tive uma professora na unesp que foi minha aluna de inglês. ela era uma mulher muito legal. casada, mas sem filhos. como fazíamos aula na hora do almoço, ela sempre me convidava para almoçar em sua casa, que ficava a 3 minutos a pé da escola. eu fiz companhia pra ela e ela pra mim. isso rolou por alguns meses, talvez quase um ano; não me lembro ao certo. lembro, sim, de algo que ela me disse, "você precisa de um objetivo".
objetivos. eu os tive aos montes. talvez no momento em que ouvi isso eu não tivesse meta alguma. a minha meta talvez fosse conseguir fazer todas as refeições, não telefonar para o ex-namorado e pronto. hoje os tempos são outros, e talvez minha professora-aluna ficasse orgulhosa de mim, posto que agora tenho uma lista de objetivos:
1- entrar na pós;
2- continuar meu treino de corrida;
3- comer melhor;
4 - juntar dinehiro para viajar pra praia num futuro próximo;
não são planos que envolvem números. não quero mais comprar um carro. é só pra ter uma vida melhor. uma cabeça pensando coisas variadas. a fuga da monomania. minuto sim, minuto também penso coisas tristes. há coisas belas de que preciso me nutrir para levar a vida que me espera. quando a gente vê, já tá vivendo pesadelos. sorte a minha que tem meu liro. o amor da minha vida.
nota: saudade da época em que eu era amiga da acadêmica, da aluna do xereta, da mocinha da padaria, da faxineira da escola, do garçom do bar...
Saturday, January 09, 2010
do you remember, laura?
ouvir lulina faz bem. eu me lembro que fui uma criancinha tipo assim. todos fomos. aqui!
Quando era pequeno
Acordava pra saber
Se os brinquedos
Estavam se mexendo
E todo dia
O sol parecia ser
De neve por dentro
Quando eu colocava
Os meus pés no chão
Ficava frio até o meu cabelo
Da minha janela dava para ver
O mundo inteiro
Eu juro que eu vi um cometa
Bater na minha janela
Eu juro que tinha neve na minha rua
Antes do sol
Eu juro que eu vi um cometa
Bater na minha janela
Eu juro que tinha neve na minha rua
Antes do sol aparecer
Quando era pequeno
Achava que era grande
Quando eu cresci
Eu encolhi
Eu era invisível
Era ninja e famoso
E todas as batalhas
Eu venci
Nada me assustava
E tudo que eu gostava
Era comer biscoito, ver TV e brincar de Playmobil
Minha avó fazia papa de farinha láctea
E o dia terminava quando eu fechava os olhos pra dormir
Eu juro que eu vi um cometa
Bater na minha janela
Eu juro que tinha neve na minha rua
Antes do sol
Eu juro que eu vi um ET
Bater na minha janela
Eu juro que tinha neve na minha rua
Antes do sol aparecer
Quando era pequeno
Acordava pra saber
Se os brinquedos
Estavam se mexendo
E todo dia
O sol parecia ser
De neve por dentro
Quando eu colocava
Os meus pés no chão
Ficava frio até o meu cabelo
Da minha janela dava para ver
O mundo inteiro
Eu juro que eu vi um cometa
Bater na minha janela
Eu juro que tinha neve na minha rua
Antes do sol
Eu juro que eu vi um cometa
Bater na minha janela
Eu juro que tinha neve na minha rua
Antes do sol aparecer
Quando era pequeno
Achava que era grande
Quando eu cresci
Eu encolhi
Eu era invisível
Era ninja e famoso
E todas as batalhas
Eu venci
Nada me assustava
E tudo que eu gostava
Era comer biscoito, ver TV e brincar de Playmobil
Minha avó fazia papa de farinha láctea
E o dia terminava quando eu fechava os olhos pra dormir
Eu juro que eu vi um cometa
Bater na minha janela
Eu juro que tinha neve na minha rua
Antes do sol
Eu juro que eu vi um ET
Bater na minha janela
Eu juro que tinha neve na minha rua
Antes do sol aparecer
camiseteria
há tempos que queria falar num site muito bom que vende camisetas, o camiseteria.com. lá por novembro comprei duas peitas com essas estampas das figuras. a do campeonato de rolimã é minha. a de sci-fi é do liro. a entrega foi rápida e a malha da camiseta é excelente.
a foto abaixo foi tirada no dia 2 de janeiro, na bodeguita. comecei o ano bem feliz, com calor - em demasia -, tomando muita cerveja, ouvindo boa música, e me sentindo uma garota bem vestida, com a camiseta mais bonita que já existiu. somos mais felizes em terras paulistas, concluímos. não podemos reclamar, acho ingrato conosco. temos feito nosso melhor, na nossa solitude - que não é o mesmo que solidão. aprendi que na solitude estamos bem acompanhados de nós mesmos. na solidão, falta-nos nós mesmos. meu caso é a solitude, mais ele.
vai fazer seis anos que me apaixonei por ele. 6 anos, e, ainda assim, lá no bar, uma no-notion comenta a foto dele no mural. era ele - sorriso de orelha à orelha - e aquela outra que veio antes de mim. achei a situação comédia pastelão e ri. e depois até esqueci. agora é que eu lembro.
stella
Friday, January 08, 2010
adoro relembrar
Thursday, January 07, 2010
do futuro

impossível levar a vida sem um pouco de ternura. ainda que eu precise endurecer, tratarei de não perder minha doçura, minha ternura. pode deixar, ernesto che guevara. há uma força dentro de mim que me manda ser forte, e buscar o lado bom - que alguns garantem existir nas coisas todas. tenho economizado no drama, pois é necessário poupar-me. o futuro chegou cheio de dor. eu não estava preparada. eu sempre imaginei que, como recompensa, o futuro seria belo pra nós. acontece que a sentença foi dada: dor pela frente.
e a gente até que tinha esperanças.
Wednesday, December 23, 2009
das resoluções de ano novo
suicídio não está em meus planos. e eu talvez ainda viva muito. parei de fumar há três meses - de novo. como de forma mais saudável: a linhaça, a pera, a maçã, o melão, o queijo cottage e o frango desfiado entraram em meu cardápio diário. comecei a correr. na verdade é um treinozinho que intercala minutos de corrida e caminhada forte. seria coisa de mutante sair correndo cheia de fôlego depois de muito fumar por 10 anos. não, não nos empolguemos tanto assim. enfim, listo essas atitudes novas para dizer que eu, lá no fundo, sou uma otimista e amo a vida. isso parece bobo, mas eu sou assim; do contrário, por que trataria de cuidar bem de mim? por que eu resolveria fazer coisas que prolongassem minha expectativa de vida? é contraditório, mas eu, que acho a vida tão sofrida, quero também vivê-la por mais tempo.
não sei ao certo se dá pra ser feliz. tem uns mais felizes que os outros. eu bem queria pertencer a esse grupo mais solar. diferentemente da adolescência, período em que eu admirava seres soturnos e tristes, associando, assim, tristeza à sapiência, hoje eu gosto de quem leva a vida com alegria. e gosto de ouvir gilberto gil. dá pra ser inteligente sem querer cortar os pulsos. eu acho que quem sorri é mais sabido. é assim e ponto. meu pai sempre foi assim: um sacatrapa com conteúdo. um otimista.
minha resolução de ano novo é essa: ser otimista. talvez eu viva muito. que eu viva, então, bem. eu sei que vou sofrer, a vida já me anunciou que a maior dor de minha vida está por vir. ela já chegou. não posso me fazer de coitada. eu não curto quem faz isso. eu quero ter orgulho de mim.
...
não sei em quem votar no ano que vem.
...
resolução de ano novo 2 - a missão: parar de achar que nota baixa de aluno é culpa minha. não mais sentir nó no peito quando marco um x numa questão errada. muitas vezes, o filhadaputinha não estudou porra nenhuma, e eu, toda encanada, fico remoendo fracassos alheios e atribúo-os a mim. de fracasso bastam os meus.
....
cobrar caro pelas aulas particulares. chega de ser a monga boazinha que dá descontinho aqui e ali. depois eles vão tudo fazer lipo, e engordar de novo na disney. eu quero minha grana e descansar na praia.
mal posso esperar pelas férias que tirarei daqui a 365 dias. tudo é lento, a vida é dura, mas eu sei sonhar. sonhos bons são aqueles que sonho acordada. os sonhos sonhados enquanto durmo são uma loucura. vejam bem: sonhei que eu e o liro estávamos em assis. procurávamos apartamento pra alugar, e só tinha lugar antiquíssimo. não estaile, mas deprê. e eu disse: liro, quando você não estiver em casa terei medo de ficar aqui sozinha. saindo de lá, passamos na marie, que morava com um namorado lindo de morrer e louco de pedra. o carinha tinha medo-pavor de cavalo. chegamos lá, o cara disse que tinha visto cavalo e estava pirando.
Sunday, December 20, 2009
esses dias desabei e disse aquela frase que há tempos não dizia: não sou feliz. parei de dizer que não sou feliz porque eu achava, realmente, que esses eram tempos melhores. qual o quê? a vida nunca foi tão séria. nunca perdi tanto.
parei, também, de dizer coisas fúnebres por medo de assustar os que me cercam. mas, sabe... por tanto medo de assustar os outros com o que eu sou, acabei perdendo muito de mim. eu não sou infeliz o tempo todo, nem alegre. e não sei porque constatações corriqueiras assim assustam tanto as pessoas. essas pessoas assustadinhas. quem é feliz levanta a mão, por favor, que eu quero ver.
sempre tive medo da morte alheia, de ser eternamente pobre, de nunca conseguir atravessar o oceano atlântico, de ser abandonada, de ser aquela menina com muita capacidade e poucas conquistas, além da fama de problemática.
não estou paralisada pelo medo. e nunca estive. eu nunca parei quieta. sempre sofri correndo de um lado pro outro, pirulitando pelo mundo.
amadurecer, para mim, tem um significado: entender que a vida é sofrer e não fazer muita manha por conta disso. enquanto sofremos, vez ou outra, dá pra assar um bolo que perfume a casa, ouvir gilberto gil, ter um sonho bom. nesses intervalos de não-sofrer é que respiro calma.
agora tô mais ou menos. quase sempre é assim. meio termo que não assusta (porque é invisível).
Sunday, November 01, 2009
após quase 3 anos nessa cidade, fomos ao mon, museu oscar niemeyer, vulgo museu do olho. imagino que vocês já saibam, contudo, caso alguém não saiba, o apelido deve-se ao fato de o museu ter o formato de um olho humano; não todo o museu, mas esse grande anexo, inaugurado em 2002, que constitui num grande salão de exposições. vimos muitas obras de vários artistas, fizemos muito carão de conteúdo analisando as obras.
ao lado é uma pintura do burle marx, que é mais conhecido como paisagista. lá no museu estava rolando uma exposição de suas telas. a que mais gostei foi de uma pintada em azulejo. tô com a foto no celular. preciso de uma câmera digital.
vejo tanta coisa bonita por aqui, e não registro. logo eu, que gosto tanto de fotografias!
hoje o dia foi bonito. ainda está sendo. sinto uma paz. e paz é coisa boa. coisa boa não passava pela minha cabeça ultimamente. estou contente porque as coisas são simples. porque minha cabeça tem funcionado de maneira simples. não gosto do que é complicado. parei com essa mania.
porque faz sol tudo fica diferente. eu acordo com vontade de acordar. de despertar para um novo dia. sinto alegria por existir. tudo porque faz sol. animo. penso coisas boas. faço coisas que me tornam alguém mais feliz. alguém melhor. meu humor melhora porque faz sol. e dái eu me lembro de que sou do brasil e ouço novos baianos. a casa fica alegre, iluminada e eu tenho vontade de sair dela.
90% do tempo sinto como se morasse em país de cor cinza, como a eslováquia. hoje não. faz sol.
andamos muito pela cidade, fomos ao museu. tomamos café colonial no fim da tarde. e agora, aqui, nessa casinha que é nossa, sou feliz. aproveito o instante porque fico triste e contente diversas veses ao longo do dia. me entristeci com cenas. me alegrei com outras. mas é tudo calmo. alegria calma. tristezinha calma. a calma é o que mais prezo. a calma e o calor do sol.
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