Todos os anos (como num ritual),
retornamos aos nossos casulos na busca da formula secreta de se reinventar.
Reavaliamos nossos desenhos ou buscamos justificativas para coisas que não foram assim tão legais.
Busca útil ou inútil nada disto tem valor ou contexto exato tendo em vista que futuro é um minuto após e o passado não volta mais.
O que realmente importa está em outro lugar, em outra caixa ou outra estação.
A música é a que nos toca no momento.
A cor é que combina com nosso estilo atual.
E a paisagem...
Ah a paisagem, esta então nem conhecemos...
E seria besteira querer imaginar, poderia se perder muito com isto, pois a meu ver
ela acontece na virada da montanha, na chegada ou saída do sol,
Na pastagem deserta, em sorrisos diferentes e até nos pequenos atos de bondade.
Hoje volto a meu casulo com a certeza que nada quero de mais,
quero só viver minha conquista de um novo ano.
Sentar-me sozinha a beira do lago, olhar pro céu, contar estrela, rir a toa.
Correr entre as flores [sei lá...]
Ser feliz a minha maneira, pois como já havia dito o “aniversário é o natal de cada um”.
(por ivone fonseca)